Pesquisa realizada em 18 países da América Latina, como Brasil, Argentina, México, Chile entre outros, feita com diretores e responsáveis pelo comércio exterior de pequenas e médias empresas de diferentes áreas de atuação representativas na exportação de cada país, constatou que as melhores práticas de uso de TI e Internet já são utilizadas.
Dentro desse estudo foi analisados diversos aspectos vinculados à forma de divulgação e promoção de produtos e serviços na Internet, com o objetivo de comercializá-los fora do país, de maneira a apresentar e detalhar os esforços empenhados nos mesmos, idiomas utilizados para alcançar os mercados desejados, formas de busca e contato com potenciais clientes, etc.
A pesquisa foi realizada pela RGX – Red Global de Exportación em parceria com a DHL Express e SAP.
As principais conclusões foram:
*Um terço das PMEs exportadoras já utiliza a Internet por diferentes meios que não o computador. Em paralelo, 25% delas trabalham com programas já tradicionais por esses meios;
*As PMEs reconhecem que a Internet impactou positivamente na produtividade de seus negócios, assim como na redução de gastos. Em contraponto, ainda pode ser observada certa descrença em se utilizar a rede como ferramenta para captação de clientes;
*Seis de cada dez PMEs consideram que a Internet substituiu de maneira considerável outros meios de comunicação e que cada vez mais se consolida, vide o uso de ferramentas de comunicação on-line;
*75% das empresas entrevistadas possuem um website, mas seu aproveitamento é diversificado, sendo que a maioria apenas oferece informações básicas, sem a possibilidade de receber pedidos ou processar pagamentos on-line. Foi identificado ainda que somente 20% das PMES utilizam outros sites para venda on-line. No Brasil, esse percentual decresce para 14%;
*Podem ser considerados moderados os esforços das PMEs em utilizar websites e a própria Internet como ferramenta de divulgação e marketing internacional para ajudar no processo de exportação.
Em termos gerais, observa-se que as PMEs poderiam aproveitar, de forma ainda mais intensiva, a Internet e suas possíveis aplicações. Ainda mais quando a maioria percebe um impacto positivo no que se refere à produtividade e redução de custos e despesas, e que continuam a se proliferar no mercado, opções e soluções possíveis de se alcançar e cada um dos setores estudados.
Principalmente se essas PMEs se utilizam de uma base de dados dos contatos que geram pela Internet. O Brasil, junto com México e Venezuela, tem uma das maiores proporções de empresas que contam com base de dados de seus contatos.
Segundo Diego Frediani, diretor Geral da RGX, "conhecer a realidade sobre o uso da tecnologia nas PMEs permite sugerir a correção de erros, dar mais ênfase nos processos corretos e projetar melhor e maior crescimento do comércio exterior dentro deste setor de empresas sobre bases sólidas".