Inovações tecnológicas e o consumidor 3.0 no mercado imobiliário

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O aperfeiçoamento tecnológico e a ampliação do acesso da população as novas ferramentas de comunicação têm provocado grandes mudanças no comportamento dos consumidores ao longo das últimas duas décadas. O uso das plataformas digitais facilitou a divulgação e troca de informações sobre produtos, serviços e empresas, criando um grau de exigência nunca visto antes no mercado.

Esse novo perfil é caracterizado como "consumidor 3.0" e, segundo pesquisa da revista HSM Management, todas as informações que podem influenciar nas decisões de compra são analisadas por eles, como por exemplo, características dos produtos, preços e condições de pagamento, serviços vinculados, garantias, formas de uso, etc. Também denominados como "neoconsumidores", eles empregam, ainda de acordo com o estudo, mais racionalidade nos processos de escolha no momento da compra.

Os novos hábitos dos consumidores fazem com que as empresas ofereçam produtos e serviços com qualidade cada vez maior. A disseminação do uso dos smartphones é outro fator que tem contribuído com esse quadro. Segundo os dados da consultoria Morgan Stanley, divulgados pela analista Mary Meeker, no primeiro semestre de 2013, o Brasil é o quarto país do mundo com maior número de smartphones, até o período citado eram 70 milhões de aparelhos.

O impacto dessas mudanças é sentido também no mercado imobiliário. O consumidor 3.0 é mais exigente inclusive do ponto de vista jurídico, valorizando qualidade das construções e cobrando os prazos de entrega. As construtoras tiveram que se adaptar rapidamente a esse novo perfil para manter e aumentar as suas vendas. Uma das alternativas empregadas foi o investimento na qualidade e tecnologia utilizadas nas maquetes dos empreendimentos, que além de reproduzir na íntegra os projetos, proporcionam experiências realísticas na visualização dos mesmos.

Com os celulares e smartphones sempre à disposição, os clientes tiram fotos das maquetes e de todos os materiais de divulgação nos estandes que visitam, utilizando-as para fazer comparações de acordo com suas preferências. A pesquisa de preço também é bastante comum, com a facilidade proporcionada pela internet móvel disponível nesses aparelhos.

Com todas essas transformações no mercado e com o aumento das inovações tecnológicas, a área de vendas passou a se beneficiar com as novas possibilidades. As empresas passaram a utilizar em seus pontos de venda ferramentas como telas touch screen, com informações detalhadas e conteúdo interativo, maquetes automatizadas, água de verdade (em reproduções de piscinas, fontes, cascatas etc), movimentação de carrinhos pelos condomínios, sonorização e até mesmo odores característicos da vegetação que fará parte do empreendimento.

As maquetes com movimentos e sensores, além de todas as outras funcionalidades citadas, transportam o consumidor para o cenário proposto no projeto. Ele tem a oportunidade de se sentir dentro daquele espaço, ou seja, se sente pertencendo aquele mundo. A ideia é mexer com a sensorialidade do consumidor e apresentar elementos fiéis à realidade, para que assim ele possa fazer suas análises no momento de decidir pela compra.

Com a abertura de crédito para financiamento imobiliário no mercado brasileiro, a grande quantidade de ofertas e o acesso à tecnologia e informações jurídicas, as empresas precisam rapidamente entender esse novo público e trazer cada vez mais novidades para serem lembradas e conquistarem espaço frente à concorrência.

Fabio Fogassa, diretor da Adhemir Fogassa Maquetes

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