A Sony vai se desfazer de um de seus principais edifícios, o Sony City Osali, localizado em Tóquio, no Japão. De acordo com pessoas ligadas ao assunto, ouvidas pelo The Wall Street Journal, o valor da venda ficaria entre 100 bilhões de ienes (o equivalente a US$ 1,1 bilhão) e 130 bilhões de ienes (US$ 1,4 bilhão).
O prédio, onde trabalham cerca de cinco mil empregados da companhia, foi concluído em 2011 e tem 124 mil metros quadrados, divididos entre seus 25 andares. Nele funcionam as áreas de televisão, áudio e outros segmentos da Sony. De acordo com as informações, os funcionários permanecerão no local após a venda, já que a ideia da companhia é alugar o prédio do comprador.
A venda é vista como uma tentativa da Sony de levantar capital para reforçar suas finanças, já que nos últimos anos houve declínio de seu principal negócio — o de produtos eletrônicos de consumo. Em novembro do ano passado, a companhia teve seu rating de crédito rebaixado pela agência de classificação de riscos Fitch.
Entre outras medidas recentes tomadas pela Sony para tentar alavancar seus negócios estão o acordo com a fabricante de equipamentos médicos e câmeras digitais Olympus, que recebeu um aporte de 49 bilhões de ienes (US$ 631,6 milhões) com o repasse de ações à companhia japonesa. A estratégia da Sony com a parceria é entrar no mercado de equipamentos médicos e explorar os canais de venda e a base de clientes da Olympus.
A Sony também anunciou a demissão de aproximadamente 2 mil empregados de sua sede no Japão em outubro do ano passado, além de fechar uma fábrica de lentes para câmeras e celulares em Minokamo, cidade localizada na província de Ginfu. Segundo as pessoas próximas ao assunto, também há planos da companhia vender seus negócios de baterias recarregáveis.
Ao entrar em contato com a Sony, o jornal não obteve confirmação sobre a venda do Sony Cidade Osaki, mas constatou que pelo menos um fundo de investimento, cujo nome não foi revelado, foi notificado sobre a intenção venda do edifício, há cerca de um ano.
