As fabricantes de equipamentos de telefonia Motorola e Nortel negociam a fusão de suas unidades de infra-estrutura de redes sem fio, segundo reportagem publicada nesta segunda-feira (11/2) pelo The Wall Street Journal.
A joint venture é a estratégia das companhias para fazer frente à desaceleração do crescimento mundial da indústria de equipamentos de telecomunicações. A combinação das duas operações, se confirmada, dará origem a uma empresa com faturamento anual da ordem de US$ 10 bilhões
As conversações fazem parte do plano de reestruturação da companhia do novo CEO, Greg Brown, que assumiu em janeiro após a saída de Ed Zander, após reconhecer que o plano que havia arquitetado para colocar a empresa de volta aos trilhos não estava funcionando. Na época, ele observou que a participação da Motorola no mercado global, que já caiu 13% no ano passado, continuava a declinar. Na semana passada, a empresa anunciou que estuda separar ou vender sua unidade de telefones celulares com o objetivo de tornar a companhia mais lucrativa.
Maior fabricante de celulares dos Estados Unidos, a Motorola perdeu no ano passado o posto de segunda maior fabricante de aparelhos do mundo para a Samsung. Agora a Sony Ericsson também ameaça ultrapassá-la.
O objetivo da união com Nortel, além de cortar despesas com vendas, marketing e pesquisas, seria ganhar fôlego e porte para concorrer com outras gigantes no mercado de equipamentos de redes de celular, como a Telefon Ericsson, Alcatel-Lucent e Nokia-Siemens ? empresas também resultantes de fusões.