TI como ferramenta de transformação

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Na economia atual, a Tecnologia da Informação (TI) está cada vez mais presente nas estratégias comerciais das grandes empresas. Como diriam alguns gestores modernos, ?os negócios e a TI têm basicamente a mesma intenção, fazer com que as operações sejam bem-sucedidas?. Um software de missão crítica, por exemplo, como o que gerencia a tesouraria de um banco, além de sua função principal, deve servir como uma importante ferramenta de inovação. Daí a necessidade de se planejar o retorno sobre o investimento no curto, médio e longo prazo.

Alguns institutos internacionais alertam para os fatores que podem influenciar negativamente na execução de um projeto de TI. De acordo com o Gartner, ?a falta de testes e padrões de qualidade, assim como a falta de consistência podem gerar uma ruptura no negócio, que acaba saindo caro?. O Gartner afirma ainda que ?testes consomem em média 25% a 50% das aplicações e geralmente são vistos como se não agregassem valor ao negócio?. Outro estudo, elaborado pelo Info-Tech Research Group, indica que apenas 11% das companhias consideram TI como uma ferramenta estratégica de negócios.

Apesar disso, a excelência no desenvolvimento de software e na entrega de serviços pode ser facilmente atingida. Para tanto, é necessário que o gestor de TI esteja alinhado com a área de negócios do seu cliente, a natureza de seus desafios, suas vulnerabilidades e a infra-estrutura de tecnologia existente. Só assim será possível mapear e implementar as melhores práticas para entregar os resultados esperados em tempo, dentro do orçamento e do padrão de qualidade requerido. Outro importante fator é entender os papéis que a TI pode desempenhar naquela companhia, que podem ser diferentes de acordo com o perfil da organização.

Nas empresas bem-sucedidas na implementação e gestão da TI dentro de seu core business, a área de tecnologia tem duas funções principais, uma tática e outra estratégica. A aplicação tática é de gerir os negócios e a estratégica é de transformá-los. Devemos nos perguntar quanto tempo gastamos na Gestão versus Transformação do negócio. Para realmente merecer uma cadeira na mesa diretora, a TI precisa mostrar para suas organizações como capitalizar recursos, e não apenas pagar por ela. Empresas inteligentes sabem como fazer da tecnologia um centro de lucros, e não somente de custos.

Uma das principais oportunidades de um CIO é utilizar os dados de clientes e do próprio negócio para influenciar a criação de produtos e serviços e, desta forma, impulsionar seu crescimento. A excelência na entrega de software e serviços pode mudar, se a participação da TI se concentrar mais na estratégia da transformação. Em outras palavras, com uma aplicação correta, em pouco tempo uma empresa pode deixar de ter gastos na manutenção da TI e, com isso, transformá-la em uma mola propulsora da inovação na companhia, saindo do estágio de Gerir os Negócios para Transformar os Negócios.

Fernando Graton é diretor de relacionamento da Tata Consultancy Services (TCS) do Brasil.

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