A compra da fabricante de software de reserva de passagens aéreas ITA Software pelo Google sofreu mais um revés nesta semana. O procurador-geral do estado do Missouri, nos Estados Unidos, Chris Koster, enviou uma carta ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) na quarta-feira, 9, citando alguns motivos pelos quais o negócio não deve ser aprovado.
No documento, Koster, que escreve em nome da comissão antitruste da Associação Nacional de Procuradores-Gerais dos EUA, da qual também faz parte, mostra-se preocupado com os "problemas relacionados à competição, ao mercado de publicidade on-line e à proteção da propriedade intelectual". Ele acredita que a presença do Google no mercado de agências on-line de viagens não prejudicaria apenas a competição do setor, mas também o consumidor final, que seria afetado por uma iminente alta de preços.
Koster argumenta que o setor das agências de viagem on-line tornou-se extremamente competitivo por causa do número de empresas que surgiram, o que possibilitou que passagens baratas fossem compradas, e a entrada do Google na ITA acabaria com esse ciclo competitivo. O promotor-geral americano cita os críticos da compra, que acham que a companhia de buscas vai estender sua posição dominante no mercado de publicidade na web para o segmento de agências on-line.
Por fim, o advogado acrescenta que muitas concorrentes da ITA "trabalharam duro" para ajudar a melhorar as ferramentas e capacidades da companhia, que em troca também abria segredos de seus software para outras companhias. Agora, continua a carta, as empresas de viagem temem que essa troca de propriedade intelectual seja quebrada pelo Google.
- Embate