"Os malfeitores não estão limitados por caixinhas. E você, está? "

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Notícias de ataques cibernéticos são vistas com frequência e normalmente ganham manchetes quando a vítima é uma grande empresa financeira, de varejo, ou até mesmo em sites que fomentam traições amorosas (como já aconteceu). No entanto, ultimamente algumas "coisas" do cotidiano também têm sido alvo.

Comprometer redes de sistemas de fornecimento de energia elétrica, danificar centrífugas em usinas de enriquecimento de urânio, acessar remotamente controles de carros e aviões comerciais, são alguns exemplos do que temos visto frequentemente nos jornais e que até pouco tempo atrás eram temas exclusivos da ficção científica.

Felizmente, nem todos os casos relatados são resultado de uma ação criminosa. Alguns são produzidos por estudos que visam testar a segurança de novas tecnologias e alertar para as vulnerabilidades. Mas as conclusões têm sido alarmantes: o mundo físico ou "real" é frágil e vulnerável em consequência da convergência com o mundo lógico ou "virtual".

A realidade não comporta mais caixinhas e divisões que o ser humano cria para facilitar a análise e solução de problemas. Mais que isso: os malfeitores não trabalham com caixinhas.

Assim, o tema segurança deve ser tratado de forma convergente, pois estas são as características dos ativos a serem protegidos. A convergência de ativos lógicos e físicos é acelerada, assim como ocorre com ameaças e vulnerabilidades. A gestão de riscos deve ser realizada de forma igualmente congruente. E rápido. Quem se mantiver preso a caixinhas estará perdido.

A boa notícia é que as soluções estão aí fora, disponíveis. Nos últimos anos evoluiu-se muito em termos de controles, práticas, normas e regulamentações. O mercado amadureceu e hoje encontra-se preparado para os desafios de quaisquer tecnologias, sempre pautadas na geração de valor ao negócio. Precisamos apenas sair do conforto das caixinhas e tratar os desafios de frente.

Leonardo Carissimi, lidera a Prática de Segurança da Unisys na América Latina.

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