O sucesso da Netflix tem atraído a atenção dos atacantes. A Symantec observou que as campanhas de malware e phishing visando as informações dos usuários da Netflix envolvem arquivos maliciosos disfarçados de software Netflix. Uma vez baixados e executados, esses arquivos abrem a página inicial do Netflix como um chamariz e, secretamente, instalam o Infostealer.Banload. Este cavalo de Tróia, que rouba informações bancárias do computador afetado, tem sido utilizado principalmente no Brasil.
Esse ataque, no entanto, não é feito automaticamente. O mais provável é que os arquivos sejam baixados por usuários vítimas de propagandas enganosas, com ofertas de acesso gratuito ou preço mais barato para o serviço.
Depois de contaminar o equipamento, os hackers também podem redirecionar os usuários da Netflix para um site falso, induzindo-os a fornecer login e senhas, informações pessoais e de cartões de crédito ou bancário. Essas táticas de phishing são comuns e os cibercriminosos continuam a usá-las diariamente. O detalhe é que as assinaturas da Netflix permitem cadastrar entre um e quatro usuários na mesma conta. Isto significa que um invasor pode pegar carona na assinatura de um usuário sem o seu conhecimento.
Mercado negro
Há uma economia subterrânea voltada para quem desejam acessar a Netflix gratuitamente ou a preços reduzidos. As ofertas mais comuns são para contas Netflix já existentes, com um mês de visualização ou acesso completo ao serviço premium. Na maioria dos anúncios, o vendedor pede que o comprador não altere qualquer informação sobre as contas, como a senha, por exemplo, pois isso pode tornar o serviço inutilizável. O motivo é que uma alteração de senha alertaria o usuário que teve sua conta roubada.
Outra oferta inclui a geração de novas contas Netflix, criadas a partir de assinaturas ou detalhes do cartão de pagamento roubados.