Navegando pelas regulamentações de proteção de dados e privacidade

0

À medida que as organizações dependem mais de dados, as regulamentações globais de proteção de dados podem parecer complexas. No entanto, essas regulamentações compartilham princípios fundamentais que ajudam as empresas a manterem a conformidade. Focar nas melhores práticas, entender os principais elementos das regulamentações e escolher parceiros tecnológicos adequados pode simplificar esse processo.

Panorama das regulamentações de proteção de dados

Governos ao redor do mundo introduziram leis para garantir a segurança dos dados pessoais. O GDPR da União Europeia é um dos mais importantes, afetando qualquer empresa que lide com dados de residentes da UE, com multas significativas para o não cumprimento. A Diretiva NIS2 da UE exige medidas rigorosas de segurança cibernética para provedores de infraestrutura essencial. Nos EUA, a CCPA/CPRA da Califórnia dá aos consumidores maior controle sobre suas informações pessoais. No Brasil, a LGPD tem objetivos semelhantes. Essas regulamentações visam proteger dados pessoais e garantir a responsabilização.

Princípios compartilhados

Apesar das diferenças, muitas regulamentações compartilham princípios comuns:

Finalidade: Tratar dados pessoais apenas para propósitos legítimos e informados ao titular, com base em uma hipótese legal

Limitação de armazenamento e uso: Reter apenas dados necessários e excluir ou anonimizar após o uso.

Transparência e precisão: Ser claro sobre a coleta e gestão de dados e garantir a precisão.

Proteção e segurança: Aplicar e comprovar medidas robustas contra processamento não autorizado e violações.

Respeito aos direitos individuais: Garantir que os direitos dos titulares de dados pessoais sejam reconhecidos e cumpridos.

Responsabilização: Demonstrar a adoção de medidas eficazes para garantir a proteção de dados pessoais.

Desafios regulatórios comuns

Diferença entre atos, regulamentos, diretivas e normas: Na União Europeia, atos são leis adotadas pelas instituições da UE, regulamentos são obrigatórios em todos os países-membros, e diretivas estabelecem objetivos a serem seguidos, mas permitem flexibilidade na implementação. No Brasil, a estrutura é diferente: leis estabelecem obrigações gerais, regulamentos detalham sua aplicação, diretrizes fornecem recomendações sem caráter obrigatório, e normas, como a ISO 27001, apresentam boas práticas para conformidade, mas não têm força de lei.

Geografia da governança de dados: Entender requisitos de residência de dados e garantir segurança e conformidade, independentemente da localização.

Funções na cadeia de suprimentos: Selecionar fornecedores que priorizem segurança e conformidade, com contratos claros e auditorias regulares.

Aproveitando a tecnologia para simplificar a conformidade

Recursos de proteção de dados integrados: Criptografia, controles de acesso e atualizações automatizadas.

Plataformas de segurança unificadas: Centralizar controles de proteção de dados.

Implantações de nuvem e nuvem híbrida: Automatizar atualizações e monitoramento contínuo.

Práticas de IA responsáveis: Garantir conformidade com padrões de privacidade e proteção de dados.

A proteção de dados é essencial nas operações modernas. Incorporar princípios de segurança, transparência e responsabilidade fortalece as práticas de governança de dados e oferece vantagem competitiva. Parcerias inovadoras ajudam a transformar desafios regulatórios em oportunidades para reforçar a resiliência e construir confiança.

Ueric Melo, gerente de especialistas de aplicação e gestor de privacidade da Genetec.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.