Web é exaltada em evento da ABA

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Durante evento promovido pela Associação Brasileira de Anunciantes e pela World Federation of Advertisers (WFA) nesta quarta-feira, 11, em São Paulo, palestrantes exaltaram a Internet como mídia. "Acredito que o futuro da propaganda está no meio digital, inclusive para a Avon. Quem sabe não teremos as nossas brochuras na Internet e as revendedoras criando avatares para venderem nossos produtos?", vislumbrou Rafal Szysz, gerente regional de mídia para Europa, Oriente Médio e África da Avon.
Para ele, a mídia passou uma grande revolução na última década. "Há quinze anos, com três spots na televisão, atingíamos, em média 80% da população do Reino Unido. Hoje, temos outro cenário: mais canais e menos engajamento, 1,2 bilhões de pessoas online, 3 bilhões com celulares e aumento constante na oferta de handsets, consumidores criando produtos e conteúdo, pessoas assistindo à TV de forma não-linear com o PVR", observa. Ele destaca que, neste contexto, a mídia de massa ainda precisa aprimorar as informações de retorno do investimento ao anunciantes, encontrando uma ferramenta que cruze exposição e comportamento de compra.
Segundo Jonathan Carson, da Nielsen Online, o meio digital pode também aprimorar sua efetividade em métrica e os anunciantes precisam estar atentos a um outro fenômeno, que tem sido objeto de estudo na Nielsen Online, que é o marketing gerado por consumidores na web. "Os anunciantes têm que descobrir como participar deste processo e agregar valor à experiência", ressalta. "Anúncios na TV não deixarão de existir, mas precisarão se reformular".
Crise
Um dos debates mais esperado fechou o evento: "Como crescer em tempos de queda de mercados". Com discursos de motivação cheios de otimismo, o CEO do Publicis Groupe, Maurice Levy; o vice-presidente mundial de compra de mídia da Procter & Gamble, Bernhard Glock; e o vice-presidente mundial de marketing do McDonald's, Johan Jervoe, apresentaram suas visões de como conduzir os negócios de mídia das empresas em tempos de crise. Todos parecem concordar que é a hora de ser corajoso e criativo. "É preciso investir na marca", diz Levy. Já Glock lembra da importância de conhecer o consumidor e entender o que ele quer. "Investimos mais de US$ 2 bilhões em pesquisa do consumidor", conta.
Jervoe lembra que é preciso estar atento ao novo comportamento do usuário em relação às mídias digitais. "53% dos consumidores online falam de marcas, e confiam nas recomendações de pessoas que também estão online, mesmo que não as conheçam", diz.
Todos parecem concordar que há uma migração das verbas de publicidade para as mídias digitais. Para Glock, porém, esse movimento não se deve ao momento do mercado. "Tem ocorrido uma mudança nos consumidores e na tecnologia. Não tem nada a ver com a crise", diz.

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