A crise econômica mundial não alterou a forma como as empresas encaram a segurança da informação. Ao menos é isso que se pode deduzir com base numa pesquisa mundial realizada pela consultoria Ernst & Young. O levantamento constatou que 52% das companhias não reduziram os investimentos na área, além de 40% terem afirmado que aumentaram o orçamento em sistemas de segurança no ano passado.
A consultoria, que ouviu 1.865 empresas em 61 países, aponta que os riscos a segurança das companhias também aumentou. Quarenta e um por cento dos entrevistados afirmaram que a quantidade de ataques externos, como phishing ou ataques a sites, aumentou, e 25% delas disseram ter registrado aumento de ataques internos nos últimos 12 meses. No entanto, a maioria dos pesquisados (44%) declarou não ter sentido diferença alguma no número de ameaças à segurança das informações de suas operações.
De acordo com a pesquisa, os ataques internos têm crescido em decorrência da represália de funcionários contra demissões, preocupação apontada por 75% dos entrevistados. Destes, 42% disseram estar "tentando entender as ameaças" e 26% contaram já ter adotado medidas para redução dos riscos.
No entanto, mesmo cientes de todas as ameaças e receosas quanto à quantidade de riscos que as brechas na segurança da informação podem acarretar, as empresas ainda relegam a segundo plano o investimento em segurança. Algumas justificam essa postura à falta de recursos disponíveis. A escassez de recursos é lembrada por 20% dos pesquisados, e 19% alegam que o orçamento que recebem não é adequado às necessidades reais de segurança da informação.
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