Os consumidores brasileiros ainda estão propensos a utilizar mais as mídias tradicionais (como TV e rádio) do que as digitais (internet e celulares), apesar de as mudanças do mundo digital terem produzido impacto expressivo nos hábitos de consumo de publicações, músicas e jornais.
É o que revela o estudo Debate Digital 2013 – Emergência do consumidor digital multitarefas, da KPMG.
"Ainda estamos no início do processo de transição para a disponibilidade digital a qualquer hora e em qualquer lugar em todos os setores da mídia", afirma Manuel Fernandes, líder do segmento de tecnologia, mídia e telecomunicações da KPMG no Brasil.
De acordo com a pesquisa — junto a cerca de nove mil consumidores nos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Espanha, Reino Unido, Austrália, China e Cingapura, além do Brasil –, o brasileiro é o que mais gasta com mídia tradicional, registrando uma média de US$ 15 por mês (contra US$ 12 em média nos EUA e Canadá).
Quando se trata de mídia digital, o brasileiro gasta em torno de US$ 6 ao mês, atrás apenas da China.
Nos países pesquisados, a TV é o meio mais popular, seguido pelo rádio e impressos como jornais e revistas. A população brasileira é a que gasta menos tempo assistindo televisão e a que mais ouve rádio.
Com relação às mídias online, todos os países mantiveram quase a mesma média de tempo gasto, com destaque para o Brasil, que lidera o acesso a redes sociais e notícias.
Entre os brasileiros "multitarefa" (que veem TV e interagem com outros dispositivos, simultaneamente), a atividade mais realizada (57% dos entrevistados) é ver TV e acessar a internet por meio de um PC ou laptop e por motivos que excetuam navegar nas redes sociais.
Em segundo lugar na preferência desses brasileiros (39%) está ouvir rádio e acessar a internet por outros motivos que não interagir com redes sociais, a partir de um PC ou laptop. E em terceiro lugar (37%) vem o hábito de assistir tevê ao acessar um site de rede social.
Os dados também apontam que os brasileiros apreciam a variedade de conteúdo online, mas ainda preferem assistir televisão em aparelhos convencionais. Em sua maioria, (62%), eles estão dispostos a ??receber publicidade móvel ou no PC em troca de conteúdo gratuito.