Google nega ter obstruído investigações sobre pedofilia do Ministério Público Federal

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O Google afirmou nesta terça-feira, 11, considerar "ultrajantes" as acusações feitas pelo Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP), entre elas a de que a empresa não coopera no combate à pornografia infantil no Orkut. Em fevereiro, o MPF-SP denunciou dois diretores jurídicos do site de buscas por crime de desobediência. Fabiana Regina Siviero e André Zanatta Fernandes de Castro foram acusados de descumprimento de ordens judiciais em investigações sobre a divulgação de pornografia infantil na rede social.

"Ficamos perplexos ao tomar conhecimento de acusações feitas pelo Ministério Público Federal (MPF) contra dois de nossos funcionários. As alegações são ultrajantes — nenhum deles ajudou a disseminar material contendo abuso sexual de crianças ou desobedeceu ordens judiciais", escreveu Matt Sucherman, vice-presidente para assuntos jurídicos do Google, em post no blog da companhia.

No texto, ele afirma que a companhia fornece informações ao Ministério Público desde 2008, e que investiu milhões de dólares globalmente para melhorar os esforços de combate à pornografia infantil na internet. Durante esse tempo, diz Sucherman, a companhia melhorou a busca do Google, evitando que links relacionados a abusos sexuais infantis aparecessem, e criou um sistema de detecção e remoção de imagens de pornografia infantil.

"Esperamos que essas acusações sejam rejeitadas para que nossos funcionários possam continuar a ajudar na luta contra a exploração sexual de crianças online", termina o vice-presidente jurídico da gigante das buscas.

De acordo com o MPF-SP, a diretora demorou ao responder ofícios enviados pelo órgão e, em uma ocasião, disse que o conteúdo foi excluído, o que inviabilizou a investigação. Por não ter cooperado, as procuradoras da República entenderam que a diretora auxiliou na prática do crime, pois os usuários continuariam veiculando conteúdo ilegal.

Além disso, segundo o órgão, um diretor desrespeitou por duas vezes ordens judiciais para envio de dados. Os ofícios eram referentes a um perfil do Orkut. "Um ano após a expedição do primeiro ofício, o diretor ainda não havia oferecido qualquer resposta", afirmou o comunicado do órgão de Justiça.

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