O Brasil subiu cinco posições do relatório global de tecnologia da informação divulgado nesta quinta-feira, 11, pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês). O país passou da 65ª colocação em 2012 para a 60ª posição na nova edição do estudo. A Finlândia assumiu a liderança do ranking e desbancou a Suécia, que caiu para a terceira posição. Cingapura se manteve na segunda, enquanto Holanda e Noruega subiram uma posição e completam a relação dos cinco primeiros mercados na pesquisa.
Apesar do avanço, o Brasil ainda está bem atrás do país latino-americano mais bem colocado — o Chile, que ficou na 34º colocação, depois de subir cinco posições. Para se ter uma ideia, a gestão da TI no Brasil está atrás de economias como Cazaquistão (43º), Jordânia (47º), Panamá (46º) e Costa Rica (52º).
Entre os BRICs, grupo de economias emergentes que engloba Brasil, Rússia, Índia e China, o destaque negativo ficou com a China. O país asiático despencou sete posições e passou para 58º lugar no ranking. Conforme o relatório do WEF, o rápido crescimento econômico dos últimos anos nesses países poderá ser ameaçado caso não forem feitos os investimentos em infraestrutura, competências humanas e inovação em TI.
"Não obstante as preocupações iniciais de que a tecnologia da informação iria acelerar a mobilização de recursos para os países em desenvolvimento, os benefícios da TI são agora amplamente reconhecidos como uma forma importante de as empresas e as economias otimizarem a produtividade, libertarem recursos e impulsionarem a inovação e a criação de emprego", afirma o economista coeditor do relatório, Beñat Bilbao-Osorio.
Ainda conforme o estudo, a digitalização criou 6 milhões de empregos e acrescentou US$ 193 bilhões à economia global em 2011. O impacto desses números, entretanto, não é uniforme nos setores e economia — eles criam e destroem empregos. Isso porque existe uma diferenciação na maneira como os países controlam a TI para obter competitividade. "Este relatório mostra que as economias que não conseguem implementar estratégias de banda larga nacionais abrangentes arriscam-se a perder terreno na competitividade global e poderão ficar para trás na obtenção de benefícios sociais decorrentes da TI", resume o vice-presidente para a Política de Tecnologia Global da Cisco, Robert Pepper, apoiador do trabalho.