Serão necessários R$ 125 bilhões de investimento nos próximos dez anos para levar a conexão à internet a todo o país. A estimativa foi apresentada pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, à presidente Dilma Rousseff, e a infraestrutura foi ressaltada como ponto central para universalizar a tecnologia no cenário nacional.
Do total de recursos, R$ 27 bilhões deverão ser destinados à expansão de rede de fibra óptica de longa distância (o chamado backbone). Além disso, R$ 100 bilhões precisarão ser aplicados em redes que levam a web para dentro das cidades e até as residências (backhaul). De acordo com Bernardo, esses investimentos serão usados na ampliação das redes e também em tecnologias que possibilitam a conexão à internet como satélite e rádio.
Conforme cálculos do Minicom, existem 3,2 mil municípios com rede de fibra óptica, pública ou privada. "Isso significa que nós precisamos levar a rede para mais 2 mil municípios. Em alguns, nós avaliamos que não é viável, como na região amazônica e em pequenas comunidades. Nesses lugares, o provimento será por rádio ou satélite", adiantou o ministro.
Os recursos virão tanto da iniciativa pública quanto da privada, a exemplo do leilão da faixa de 700 MHz para oferecer conexão banda larga de quarta geração (4G/LTE), prevista para o próximo ano. Assim, o objetivo é exigir a construção de redes de telecomunicações como contrapartida das empresas vencedoras do leilão.
Não existe possibilidade de concretizar a meta da universalização da banda larga antes de 2023. "Dez anos é um prazo que estamos estipulando. Mas é preciso dinheiro, equipamento e mão de obra. Pensar em fazer isso tudo em menos tempo pode ser mal sucedido", concluiu.