Durante o VII Seminário de Segurança na Feira Internacional de Segurança Pública e Coorporativa (LAAD 2018), realizado em São Paulo, a Uber disse que pretende disponibilizar recursos tecnológicos do aplicativo para auxiliar investigações conduzidas por órgãos de segurança pública e judiciais do Brasil.
De acordo com Stella Chamarelli, gerente de segurança da Uber na América Latina, a empresa se coloca à disposição das autoridades para colaborar da melhor forma com a base de dados acumuladas nas viagens feitas pelo app, que são sempre monitoradas por GPS. Respeitando o Marco Civil da Internet, que garante a privacidade dos dados dos usuários, a executiva diz ser possível fornecer dados cruciais para uma investigação.
Stella mostrou casos que conseguiram ser solucionados com a ajuda da plataforma. Em Londres (Inglaterra), a Uber identificou dez motoristas parceiros que se tornaram testemunhas-chave porque estavam próximos à Ponte Westminster quando um terrorista atropelou um grupo de pessoas, em 2017. Outros casos ocorreram em Santiago (Chile) e na Cidade do México.
A gerente de segurança também diz que a Uber pode oferecer aos agentes de segurança mapas de calor regionais baseados em ocorrências de violência urbana relatadas por motoristas e usuários.
Ela ressalta a necessidade de um canal de comunicação direto entre a empresa de tecnologia e autoridades policiais. "Temos uma equipe pronta para atender essas solicitações, que pode sempre ser contatada com um simples e-mail. Quando mais detalhes tivermos, como local e horário da ocorrência, mais chances temos de buscar resultados que sejam conclusivos e de fato auxiliem nas investigações", diz.
Durante a LAAD, a Uber também apresentou, em primeira mão, sua tecnologia de prevenção de riscos em tempo real que, a partir da análise de dados de milhões de viagens realizadas diariamente, pode bloquear viagens consideradas potencialmente mais arriscadas.