Impulsionada, sobretudo, pela Covid-19, a transformação digital no mundo dos negócios engatou marcha acelerada e irreversível. Segundo estudo realizado pela UIT (União Internacional de Comunicação), aproximadamente 4,9 bilhões de pessoas usaram a internet em 2021 – cerca de 800 milhões de pessoas a mais do que antes da pandemia.
O segmento de Banking foi um dos que mais se beneficiou pelo avanço da transformação digital, mudando a relação entre o consumidor e as empresas financeiras e favorecendo a aparição de novos players no mercado através das fintechs e dos neobanks.
Além disso, a implementação do Open Banking contribuiu com a diminuição de barreiras, gerando mais iniciativas de concorrência e inovação tecnológica.
Diante desse cenário, a Softtek, multinacional mexicana líder no setor de T.I. na América Latina, aponta 5 tendências tecnológicas em destaque para o setor de Banking ao longo de 2022.
Invisible Banking (serviços bancários invisíveis)
Integrar novas tecnologias e serviços nos bastidores, a fim de agregar valor e proporcionar jornadas digitais cada vez mais inovadoras para os clientes na ponta da cadeia é uma tendência que promete crescer de forma exponencial.
Para suprir tais necessidades, muitos têm optado por terceirizar essas soluções através de empresas especializadas, facilitando a implementação e execução dessas tecnologias. A terceirização de produtos e serviços promete, inclusive, ser ainda mais comum no mercado, através do modelo managed, no qual um intermediário intervém para garantir o funcionamento do mercado e fornecer suporte, análise logística e tarefas de manutenção.
"Há toda uma cadeia de tecnologias por trás de uma experiência otimizada, segura e sem fricções, como Inteligência Artificial (IA), APIs, estruturas em cloud, conexão 5G, interfaces de voz e de imagem e Internet das Coisas (IoT). Por isso, é preciso investir na modernização através de soluções de tecnologia que ofereçam e aprimorem um serviço ou capacidade que elas não têm internamente, para poder entregar o que o consumidor espera e manter-se em competitividade. As empresas devem apostar na simplicidade operativa e experiência do usuário, considerando desde a geração de demanda até o processo logístico e de pagamentos", explica Gerard Doornbos, especialista em tecnologias aplicadas a serviços bancários e vice-presidente de Negócios da Softtek Brasil.
Cloud Banking (banco na nuvem)
O setor de Banking já utiliza a tecnologia cloud em diversos processos. Em especial, aqueles nos quais a segurança e o compliance são críticos. Os benefícios da nuvem, no entanto, vão muito além da segurança e armazenamento de dados.
A implementação da tecnologia cloud garante agilidade e escalabilidade – processos que antes demorariam meses ou até mesmo anos, agora são realizados com rapidez e precisão.
Além disso, a nuvem também proporciona economia ao negócio, melhorando a eficiência eliminando tarefas manuais, como instalações de software e patches.
Ao minimizar o tempo gasto em desenvolvimento, provisionamento, teste e implementação, a infraestrutura baseada em nuvem permite que os bancos concentrem a equipe nas competências essenciais.
A nuvem proporciona um ambiente flexível e democrático tanto internamente quanto para os clientes, através de um ecossistema mais aberto e com maior acesso à tecnologia.
Agile Banking (banco ágil)
O processo de transformação digital nas empresas envolve inúmeros desafios, e por isso a implementação de uma metodologia ágil – ou, transformação ágil – contribui para que seja realizada em um ritmo sustentável e fundamentado, promovendo agilidade organizacional em diversas áreas.
Em tempos em que o online predomina, e a exigência do consumidor cresce cada dia mais, é imprescindível a implementação de práticas e estratégias que promovem agilidade nos processos da empresa, para aprimorá-los e simplificá-los.
Os impactos da implementação dessas capacidades vão desde aumento na produtividade e rentabilidade, até maior satisfação dos clientes – segundo estudo realizado pela McKinsey, a prática pode aumentar a performance financeira em 20% a 30%, e melhorar a performance operacional de 30% a 50%.
Experience Banking (experiência bancária)
A conectividade e mobilidade têm transformado a relação entre os bancos e seus clientes – hoje, um terço dos produtos e serviços bancários são oferecidos através de canais digitais.
Apesar dos benefícios, o fenômeno da digitalização bancária aumentou a competitividade no setor. Já não basta oferecer um serviço de qualidade para conquistar o consumidor, é preciso encantá-lo. Para tal, vale investir em três pilares: engajamento, agilidade e empatia.
"Porém, uma pergunta constante relacionada ao experience banking é como aplicá-lo em um ambiente digital. Nesse caso, uma opção de resposta seria por meio de uma jornada digital intuitiva e pessoal, eficaz e transparente. Vale apostar em produtos e serviços personalizados, interface simplificada e fácil acesso a canais de atendimento ao consumidor. Dessa forma, é possível aproximar o cliente da empresa e proporcionar uma experiência relevante", indica Gerard.
UX (User Experience) ou experiência do usuário
Apesar de já conhecido no mercado, o foco em experiência do usuário deve vir ainda mais forte neste ano. Isso porque, o perfil do consumidor continua mudando. Por estarem cada vez mais conectados e informados, eles estão mais exigentes em relação às suas demandas, que devem ser supridas em qualquer momento e lugar.
Além disso, o consumidor, em sua maioria, age por conveniência. Por isso, é imprescindível investir em fatores que facilitem a jornada do cliente, tais quais sites ou apps responsivos e com boa navegabilidade, e em novos modelos de ofertas personalizadas através, por exemplo, de programas de fidelidade. Outra dica é investir também na integração com ferramentas tipo "carteiras", para simplificar o fluxo de compra.
Ainda nessa linha de integração de pagamentos, é notável que as parcerias entre bancos e marketplaces tem se intensificado, oferecendo condições especiais de pagamento.
"O crescimento acelerado da demanda por e-commerce teve um impacto principalmente nas empresas que estavam percorrendo um caminho mais lento no que se refere à digitalização de processos e canais de compra. Percebemos muitas delas buscando compensar esse período com investimentos altos em tecnologia para reverter possíveis perdas ocasionadas", completa o executivo.
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