O preço do terminal móvel capaz de receber sinal de TV é considerado atualmente o ponto mais crítico para o lançamento e popularização desse serviço no País. Hoje, fala-se em terminais a preços de aproximadamente US$ 1 mil.
O diretor de assuntos regulatórios da Claro, Marcelo Pereira, acredita que dentro de dois anos ainda não haverá escala suficiente para uma oferta desses aparelhos a preços acessíveis para a maioria da população. O executivo foi um dos palestrantes no bloco ?Os modelos de negócio da TV digital móvel? do 5º Tela Viva Móvel, realizado nesta quarta-feira, 10/5, em São Paulo.
Pereira deixou claro que não tem nada contra a oferta de conteúdo gratuito para a TV móvel, muito pelo contrário. Porém, lembrou que o modelo japonês de TV digital (ISDB-T), que viabiliza essa oferta gratuita, pode dificultar a produção em larga escala. ?No Japão não há GSM. Hoje, não há um celular que seja GSM e, ao mesmo tempo, ISDB-T?, comentou. Moris Arditt, diretor de desenvolvimento de negócios da Gradiente, pondera que o grande desafio (e oportunidade) do Brasil será desenvolver aparelhos híbridos GSM/ISDB-T. "Isso ainda não existe e podemos ser os primeiros a desenvolver a tecnologia".
O diretor de tecnologia do SBT, Roberto Franco, lembrou que os celulares não serão os únicos receptores de TV móvel. ?Vários tipos de dispositivos conviverão juntos: laptops, celulares, PDAs, receptores portáteis?, previu o executivo.
Moris Arditti é um dos mais otimistas.
Ele acredita que, no futuro, a TV móvel será quase tão indispensável quanto o celular é hoje. Por conta disso, conforme ganha escala a produção desses aparelhos, Arditti prevê que não será essencial que as operadoras banquem subsídios para a popularização dos terminais.