A fabricante taiwanesa de chips Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) anunciou na semana passada que vai abrir uma nova base de operações na China para a pesquisa e desenvolvimento de produtos voltados para energia verde, como painéis de energia solar. Segundo o jornal britânico Financial Times, o movimento é uma forma de tentar combater o declínio nas margens de lucro da empresa.
De acordo com o jornal, a empresa responde por quase 10% de todo o mercado mundial de semicondutores e é a primeira vez que procura uma nova área de negócio. Para Rick Tsai, CEO da TSMC, a o crescimento da indústria vem diminuindo, e é natural que a TSMC procure novas formas de atuar.
O executivo adiantou, porém, que a única decisão tomada até o momento foi a nomeação de Chao Ying-cheng, presidente da TSMC China, para chefiar uma nova unidade da empresa que vai pesquisar novas formas de energia verde. "Estamos olhando para tudo isso, pensando a muito longo prazo. Não é apenas entrar no mercado e tentar lucrar o mais rápido possível", declarou Tsai.
A maior queda enfrentada pela empresa foi no primeiro trimestre deste ano, quando a receita e lucro líquido reucam 54,8% e 94,5%, respectivamente, para cerca de US$ 1,2 bilhão e US$ 47,2 milhões.
Apesar da queda, a TSMC exerce um papel fundamental no crescimento da indústria. Tanto é que a americana Intel e a japonesa Fujitsu procuraram, nos últimos dois meses, a fabricante para ajudá-la na fabricação de seus produtos.
Tsai avalia que o mundo está vivendo uma nova realidade em relação ao mercado de computação. "Novos aparelhos, como smartphones e netbooks, estão acabando com as fronteiras entre computadores e aparelhos eletrônicos, mas o executivo ainda acha que é cedo para prever o que virá. É um fenômeno recente", alerta.
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