Os serviços mais utilizados pelos internautas brasileiros nos últimos 12 meses continuaram sendo a consulta ao CPF (66%) e a entrega de declaração de imposto de renda (48,1%). Em 2005, estes percentuais eram de 51,5% e 39,7%, respectivamente. Os dados fazem parte da 2ª Pesquisa Sobre Uso da Tecnologia da Informação e da Comunicação no Brasil, chamada TIC Domicílios 2006, divulgada pelo NIC.br, entidade responsável pela implementação dos projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).
De acordo com o levantamento, houve um crescimento significativo na busca por informações relacionadas aos serviços de ensino público (38,9%), e a inscrição em concursos públicos (36,7%,) se comparado ao ano anterior. Em 2005, esses percentuais eram de 22% e 27,6%, respectivamente.
A pesquisa revela ainda que entre o total da população que não usou serviços de governo eletrônico, 34,6% afirmou que gostaria de usá-los para pesquisar informações sobre empregos, 33,5% para consultar o CPF e 32,7% para buscar dados sobre serviços públicos de saúde. O principal motivo apresentado para a não utilização dos serviços de governo eletrônico é a preferência pelo contato pessoal (55,97%). A preocupação com proteção e segurança também foi uma das razões apresentadas por 8,74% dos consultados, e 8,24% consideram complexo o contato com a administração pública via internet.
O percentual da população brasileira que usou serviços de governo eletrônico nos últimos 12 meses também se manteve estável em relação ao ano anterior, somando 12,1% ? o estudo lembra que foram consultados apenas indivíduos com mais de 16 anos, que estão em idade para se relacionar com órgãos públicos.
Segundo o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento e presidente do NIC.br, Rogério Santanna, os resultados da pesquisa também reforçam a tendência de que quanto maior a renda, a escolaridade e a classe social, maior é a utilização do governo eletrônico. Dos entrevistados da classe A e B, 57,21% e 33,49%, respectivamente, utilizaram os serviços de e-gov nos últimos 12 meses. Nas classes C e DE esses índices caem para 12,75% e 2,50%, respectivamente.
Realizado entre julho e agosto do ano passado em todo o território nacional, o estudo envolveu 10.510 domicílios na zona urbana, entrevistando pessoas com dez anos ou mais, nas cinco regiões do país.