O edital de licitação para construção do data center conjunto entre a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, um dos primeiros projetos de parceria público privada que deveria estar finalizado ao fim deste ano, vai ser publicado em no máximo dois meses.
Previsto para ser o principal empreendimento da Cidade Digital, área próxima ao Parque Nacional de Brasília, que abrigará um pólo tecnológico, o projeto exigia investimentos R$ 300 milhões do consórcio que venceu a licitação, que em troca teria um contrato de locação do prédio por 25 anos para a empresa pertencente ao Banco do Brasil e à Caixa. Ao final do contrato, o consórcio pagaria cerca de R$ 800 milhões pelo aluguel.
Segundo Clarice Coppetti, vice-presidente de TI da Caixa, ?a engenharia financeira apresentada pelo consórcio era inviável, motivo pelo qual vamos licitar novamente em no máximo dois meses e até o fim do ano pretendemos ter o vencedor para a construção do data center?.
BB admite parceiros para a Cobra
O vice-presidente de Tecnologia e Logística do Banco do Brasil, José Luis Prola Salinas, disse nesta quarta-feira (11/6) durante coletiva de imprensa no CIAB- Febraban ? 2008, que a Cobra Tecnologia vai continuar pública, mas estão que buscando sócios e, principalmente parceiros, que tragam inovação aos serviços que ela presta ao banco.
Fundada em 1974, a Cobra foi a primeira empresa a desenvolver, produzir e comercializar computadores com tecnologia nacional. Nos anos 90, depois do fim da reserva de mercado do setor de TI, e já fazendo parte do conglomerado Banco do Brasil, torna-se integradora de soluções e assistência técnica em todo o País para equipamentos de terceiros.
Esse caráter de "subsidiária" sempre trouxe críticas à Cobra quanto a natureza de sua operação como fornecedor privilegiado do Banco do Brasil, motivo pelo qual deveria ser privatizada.