O panorama da inovação no Brasil está mudando, e as perspectivas são muito boas. Essa é a avaliação do relatório Brazil: the natural knowledge-economy, elaborado pelo instituto de pesquisas inglês Demos com a participação do CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos) e lançado em 8 de julho. Em duas visitas, os pesquisadores do Demos realizaram mais de 100 entrevistas em sete estados para verificar os avanços obtidos pelo país. O título faz referência aos recursos naturais como ferro e petróleo. "A competência crescente em ciência e tecnologia não está separada, ou em oposição, aos recursos naturais, e sim integralmente ligada a eles", afirma o estudo.
Entre as forças do Brasil, o relatório destaca a estabilidade política e econômica, o crescimento da produção científica e do número de mestres e doutores, o apoio federal às áreas de ciência e tecnologia, um base confiável em propriedade intelectual, uma cultura que valoriza a criatividade e a existência de grandes multinacionais. Por outro lado, avalia que é baixa a conversão da base de conhecimento em inovação, ainda é difícil atrair e reter pessoal altamente qualificados e que a carga tributária é pesada. Na área de ciência e tecnologia, o relatório aponta os principais "hotspots": São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais (Sudeste), Curitiba e Florianópolis (Sul), Pernambuco (Nordeste) e Manaus (Norte).