Na última semana, precisamente no dia 3 de agosto, a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) promoveu um evento online de grande relevância. Durante este webinar, foram divulgados os resultados de um estudo minucioso conduzido pela International Data Corporation (IDC). Este estudo visou analisar em profundidade as tendências que têm vindo a moldar o cenário tecnológico, bem como proporcionou uma análise exclusiva das emergentes tecnologias.
Os resultados desta pesquisa iluminaram de forma notável a crescente protagonismo da computação em nuvem na estratégia de gestão e inteligência de dados das organizações. A nuvem, tornou-se um ponto central para o armazenamento e processamento de informações vitais. Os números revelam um impressionante crescimento de 46,7% nas soluções direcionadas para o gerenciamento de dados, análise e inteligência artificial/aprendizado de máquina em ambientes de nuvem (Plataforma como Serviço – PaaS) no contexto brasileiro. Projetando-se para o ano de 2023, estima-se que essas tecnologias baseadas em nuvem representem quase US$ 1,1 bilhão nos investimentos em Tecnologia da Informação no país.
A Inteligência Artificial, um tópico que tem ganhado progressiva notoriedade nos debates contemporâneos, não foi deixada de lado. Em particular, foi explorada a categoria da Inteligência Artificial Generativa, destacando as suas principais aplicações: Aumento da Produtividade no Ambiente de Trabalho, Personalização Excepcional das Experiências dos Clientes, Impulso na Pesquisa e Desenvolvimento e a criação de Novos Modelos de Negócios.
As conclusões do estudo em questão são profundamente significativas:
- As empresas brasileiras enfrentam desafios substanciais quando se trata de garantir a segurança das suas operações e dados. Surpreendentemente, cerca de 12% dessas empresas ainda não possuem uma avaliação adequada dos incidentes de segurança. A salvaguarda das operações centrais revela-se como uma prioridade estratégica indiscutível. Assim, a garantia da segurança das redes, dados e pontos de extremidade (endpoints) torna-se absolutamente crucial.
- Notavelmente, 86% das organizações brasileiras declaram realizar monitoramento e tratamento minucioso em relação à conformidade e privacidade de dados. Contudo, fatores como restrições orçamentárias (afetando 72% das organizações) e a necessidade de equilibrar diversas prioridades (afetando 50%) emergem como limitações para investimentos substanciais em segurança de Tecnologia da Informação nas empresas do Brasil.
- A profusão crescente de dados abre portas para a identificação de padrões e tendências. O estudo destaca que 73% dos inquiridos identificaram a otimização de processos como o principal impulsionador para a adoção de análises (Analytics), seguido de perto pelo desejo de atingir metas e objetivos (62%).
- A nuvem privada surge como uma alternativa atraente para a implementação de soluções que envolvam Inteligência Artificial e tratamento de dados. A incorporação de IA pode alavancar a eficiência das empresas, contudo, no contexto brasileiro, nota-se uma abordagem mais cautelosa em relação a este tipo de investimento, bem como à adoção da quinta geração de redes móveis (5G).
