A Renner iniciou um ciclo de treinamento para capacitar seus fornecedores a incorporarem o 3D ao processo de produção de novas coleções. Aproximadamente 100 parceiros estão sendo preparados para desenvolver as roupas utilizando tecnologia avançada para simulação de moda digital. Internamente, a varejista já utiliza o recurso para criação, planejamento e análise de determinadas coleções. Os treinamentos abrangem mais de 180 profissionais.
Com a capacitação, os fornecedores contemplados – responsáveis pela confecção dos produtos vendidos pela Renner – estarão habilitados a fazer pilotos digitais de novas peças a partir de manequins em 3D e tecidos digitalizados (o que inclui detalhes de acabamento, textura e cores), gerando amostras virtuais com altíssima precisão. Estes arquivos são analisados pela Renner no ambiente online em tempo real, recebendo adequações de design e vestibilidade, por exemplo, até chegar à etapa final de aprovação.
O movimento faz parte da estratégia da varejista de ampliar o uso de tecnologia 3D em todas as etapas do desenvolvimento de coleções, acelerando o time do market – que é o tempo necessário desde a concepção do produto até sua chegada em loja – e reduzindo o volume de amostras físicas ao longo do processo. A empresa quer gradativamente estender esse tipo de treinamento a outros parceiros de diferentes elos do processo de produção.
"O fortalecimento da digitalização da nossa cadeia produtiva reafirma o nosso pioneirismo em moda digital no mercado brasileiro. Ao compartilhar conhecimento com nossos fornecedores estratégicos, nosso objetivo é incentivar e disseminar a inovação no varejo", afirma o diretor de Produto da Lojas Renner, Henry Costa. "Buscamos usar a tecnologia para trazer cada vez mais eficiência, assertividade e sustentabilidade para o negócio e, com isso, proporcionar encantamento aos clientes", complementa.
A Renner já desenvolve parte de suas coleções de maneira 100% digital, com 3D, e a meta é ampliar essa prática. Atualmente, cerca de 40% dos produtos femininos da linha Get Over, de moda esportiva, já são criados de forma totalmente virtual. Isso tem permitido a redução de 25% do time do market desses itens e de 50% na geração de amostras físicas, em razão da experiência bem-sucedida com o 3D. A tecnologia tridimensional está começando a ser utilizada, ainda, em determinadas entradas de coleção masculina da Marfinno, linha casual da Renner.
A marca conta com um Hub de Moda Digital e foi a primeira grande varejista do país a fazer uma coleção cápsula com 3D, como parte da sua campanha Outono-Inverno do ano passado. De lá pra cá, realizou desfiles imersivos e outras ações inovadoras unindo o mundo físico ao digital.