A Sun Microsystems está entrando no mundo de outsourcing. Não no modelo tradicional, no qual as empresas absorvem infra-estrutura completas de tecnologia da informação, mas com uma oferta de gerenciamento remoto do sistemas, redes e servidores ou de outsourcing seletivo, como a gestão apenas do ambiente de armazenamento das empresas.
O modelo é uma herança adptada da SevenSpace, empresa cuja incorporação foi completada em janeiro de 2005. Com a compra desta empresa a Sun conquistou potencial para gerenciar ambientes com equipamentos de múltiplos fornecedores, como os sistemas operacionais Unix ? HP-UX ou IBM AIX ? ou mesmo o Microsoft Windows e o Red Hat Linux.
A oferta, já em curso nos Estados Unidos, começa a descer a América Latina e chega ao Brasil, com o propósito inicial de se atender inicialmente aos 30 maiores clientes da Sun Microsystems no País.
?Estamos aptos a operar ambiente multivendor, porém, o alvo serão situações onde exista uma base instalada Sun importante?, afirma Marcos Bordin, que acumula a diretoria de suporte e a de vendas de serviços gerenciados na região.
Ele sumariza que a idéia, a médio prazo, é concentrar os serviços da Sun ? originalmente consultoria e suporte ? neste guarda-chuva, que deve também ganhar autonomia a medida que tiver expandido os seus negócios.
?Na linha de suporte, hoje atuamos no modelo break and fix ? ação sob demanda –, mas a idéia é que nos tornemos mais pró-ativos, ofertando a monitoria de equipamentos e aplicações, enfim, assumindo toda a gestão de incidentes do cliente, inclusive, antecipando situações?, declara.
A segunda forma de atuação da Sun será sob o modelo de outsourcing seletivo de funções, ambiente no qual Bordin deposita forte expectativa no expertise acumulado na área de armazenamento (storage). ?Estamos criando é um serviço muito baseado em gestão remota?, diz o executivo da Sun.
A equipe para este suporte está em três regiões: Estados Unidos, Europa e Ásia. A partir desses três centros de gerenciamento remotos, a companhia pretende atender aos clientes latino-americanos, em espanhol e português.
Na área comercial, sim, haverá um time regional, dedicado às vendas, geração de demanda e adaptação da proposta ao mercado brasileiro. Em pouco tempo, no entanto, Bordin espera ter dois centros na região ? um para o Brasil, por questões de idioma, e outro dedicado ao restante América Latina.