Ao fazer um balanço de 2009 para a MicroStrategy Brasil, nesta quinta-feira, 11, o vice-presidente da companhia para a América Latina, Flavio Bolieiro, disse que o desempenho da empresa no país foi positivo, sem, no entanto, citar números. Segundo ele, no primeiro semestre algumas empresas represaram os investimentos em sistemas de business intelligence (BI), mas que, a partir deste semestre, as vendas passaram a evoluíram aceleradamente.
Para 2010, ele diz que a companhia quer ganhar participação de mercado e para isso vai manter sua estratégia de crescimento baseada em duas frentes. A primeira é expandir sua capilaridade e cobertura por meio do aumento de parcerias, principalmente das empresas que atuam em conjunto com ela em regime de OEM, adicionando o sistema de BI MicroStrategy aos seus produtos. Atualmente, ele conta com seis parceiros desse tipo no Brasil. A empresa também pretende elevar as vendas indiretas, que atualmente respondem de 20% a 25% da receita total, firmando novos contratos com distribuidores. A empresa não divulga dados regionais.
A outra frente da MicroStrategy será ampliar a sua penetração no segmento de pequenas e médias empresas, que atualmente respondem por 20% a 30% da receita da empresa. Uma das medidas para isso será procurar conscientizar as empresas das necessidades e benefícios do uso de ferramentas de BI. A outra será estimular as vendas de BI por meio da implantação gratuita de seu sistema em algumas empresas.
Bolieiro revela que a MicroStrategy já adotou essa estratégia em uma dúzia de companhias e que algumas delas passaram a ser clientes depois disso. O executivo afirmou que a estratégia será mantida para 2010. Ele conta que a empresa também criou um programa mundial de oferecer gratuitamente o seu sistema para pequenas e médias empresas. Batizado de MicroStrategy Reporting Suite (MRS), o pacote é totalmente gratuito e inclui duas licenças full e a opção de uso por outros 25, 50 ou 100 usuários, que terão apenas os recursos básicos, como de geração de relatório. Atualmente, cerca de 6 mil empresas usuam essa oferta no mundo, sendo cerca de 700 no Brasil.
Segundo Bolieiro, esse oferta é importante porque, além da participação de mercado, pode gerar receita de consultoria ou a compra de recursos mais avançados por parte dos clientes.
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