Tudo começou com a guerra dos sistemas operacionais (SO). De um lado, tínhamos a Apple; do outro, a Microsoft. Depois, além dos SO, vivenciamos a batalha travada entre os hardwares, na qual os maiores players que se destacavam eram HP, IBM, Apple e assim por diante.
Hoje em dia, isso tudo já não existe mais. Temos a Intel tomando 97% do mercado com seus processadores, presentes em quase todos os notebooks e desktops por aí. Parece não fazer mais sentido a briga por hardware algum. Quanto aos sistemas operacionais, esses já viraram commodities também. Tirando o Apple OS, que parece obsoleto mesmo em sua versão mais nova, e o Windows 8, um sistema novo que traz apenas mais do mesmo, temos os que são baseados em Linux – e que detêm uma fatia muito pequena e específica de mercado. Mas isso também já é passado, pois cada vez menos há diferenças entre os sistemas.
Neste contexto todo ainda tem a chegada dos smartphones, que cresceram e deram origem aos tablets, que, por sua vez, diminuíram e agora resultaram em tablets menores, que mais parecem um híbrido de telefone e tablet. Enfim, algo que não tem tamanho suficiente para ser usado no trabalho e não é pequeno o bastante para ser levado no bolso, mas que também está virando commodity.
A velocidade de evolução dessas tecnologias faz com que cada vez mais surjam novos produtos, serviços e aplicativos que nos facilitam muito a vida, em um mundo onde pouco importa a plataforma que usamos ou qual o dispositivo que temos em mãos para acessar o conteúdo que buscamos.
Quantas são as pessoas que já não conseguem viver mais sem serviços on the cloud (na nuvem) como um Evernote, Dropbox, Google Play, Sky Drive, Spotify, Netflix, Xbox Music e muitos outros que podem ser acessados pelo seu celular, computador, videogame, tablet, etc. E a demanda por este tipo de solução vem crescendo tão rápido quanto a sua própria oferta.
Com isso, daqui poucos anos, não importará mais se acessaremos nossas fotos, músicas e outros tipos de dados por um computador ou por dispositivos como geladeiras, televisores e óculos, entre outros. O que realmente vai importar é que essas informações sejam igualmente atualizadas, editadas, configuradas e acessadas como se estivessem em um computador local.
No final das contas, o que menos importará é o dispositivo que você tem ou usa, porque toda a informação será acessada direto na nuvem. Muito mais importante do que a localização física será a disponibilidade para acesso às informações onde quer que o indivíduo esteja. Isso reforça ainda mais quanto obsoleto os termos online e offline serão em pouco tempo.
Um dia, em um futuro não próximo, contaremos saudosamente para nossos filhos que existia uma distinção entre online e offline, da mesma forma que já fazemos com os discos em vinil, lembrando nostalgicamente sobre como era comprar um disco e ir a uma loja sentir sua textura, cheiro e cores.
Tadeu Banzato é diretor de projetos da MRM Worldwide Brasil, agência que atua nos segmentos de Marketing Digital, Direto e de Relacionamento.