A Softex, co-responsável pela gestão do Prosoft-Empresa, programa voltado ao financiamento de empresas desenvolvedoras de software e operações de capital de risco, acaba de divulgar os resultados obtidos em 2006. De acordo com a entidade, durante o ano 15 planos de negócios foram submetidos à avaliação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 19,5 milhões em recursos foram liberados, o maior volume nos nove anos de existência do programa.
O Programa para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços Correlatos (Prosoft) foi criado em 1997 pelo BNDES, em parceria com a Softex, com o objetivo de ampliar a participação das empresas nacionais no mercado interno, promover seu crescimento e internacionalização, fortalecer o processo de inovação, pesquisa e desenvolvimento, fomentar a melhoria da qualidade e a certificação de produtos e processos, bem como estimular a competitividade desta indústria.
Em 2004, o programa foi reestruturado de forma a permitir o financiamento não apenas ao desenvolvimento de produtos, mas também aos serviços correlatos. A nova proposta contempla a possibilidade de participação acionária do banco no capital das empresas e o apoio a fusões.
?Atualmente, damos acompanhamento a 15 empresas que mantêm em vigor seus respectivos contratos de financiamento com o BNDES. Dos 15 planos de negócios que submetemos à análise do banco no ano passado, seis estão em fase de avaliação, sete na de enquadramento e apenas dois não foram enquadrados?, detalha Carlos Alberto Leitão, coordenador de planejamento e estudos da Softex.
Como parceira no Prosoft-Empresa, a Softex é responsável por captar, analisar e acompanhar os projetos das micro, pequenas e médias empresas ? com faturamento de até R$ 60 milhões ao ano ?, ajudando-as, inclusive, na elaboração do plano de negócios. Após a liberação dos recursos, um consultor é destacado para trabalhar diretamente com a empresa, auxiliando-a no processo de profissionalização da gestão, no acompanhamento do negócio e na definição das estratégias de mercado.
?Uma das principais bandeiras defendidas pela entidade é a ampliação das possibilidades de financiamento para as empresas de software, que têm um perfil bastante peculiar. Por isso, em outubro do ano passado, lançamos o hotsite de funding (http://www.softex.br/portal/linhas/_home/default.asp.) que reúne, em um único local, todas as informações sobre as principais linhas de financiamento, governamentais e privadas, disponíveis para as empresas do setor de TI. Nossos desafios agora são agregar mais conteúdo e mantê-lo constantemente atualizado?, pondera o executivo.
As perspectivas para 2007 são extremamente positivas na visão da Softex. A TJLP (taxa de juros de longo prazo), que é utilizada como base para os contratos de financiamento do Prosoft-Empresa, tem mantido constante sua trajetória de queda e encerrou 2006 em 6,50% ao ano, o menor nível de sua história. ?A queda na taxa de juros, associada às boas perspectivas de crescimento do mercado de tecnologia da informação e comunicação, encoraja os empresários a se endividar como meio de financiar seus investimentos. As empresas de software e serviços correlatos vêm demonstrando progressivo amadurecimento nos últimos anos. Tornaram-se mais sólidas e com maior capacidade técnica e gerencial, implementaram melhores práticas de qualidade e processos de vendas. O cenário, dessa forma, é extremamente promissor em termos de alternativas para uma maior capitalização e alavancagem das empresas do setor?, conclui Leitão.