O Brasil começa a emergir como a principal alternativa à Índia para os serviços de outsourcing de TI, um mercado que evoluirá de US$ 70 bilhões, em 2008, para US$ 101 bilhões em 2010, segundo estudo sobre o posicionamento da competitividade brasileira em tecnologias da informação e comunicação (TICs) encomendado à consultoria AT Kearney pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).
O resultado do estudo, que está em fase final de elaboração, reafirma a grande oportunidade que se apresenta para o setor de TI do Brasil frente ao atual cenário de crise global.
Na quarta-feira, 11, os resultados foram apresentados para o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, que foi recebido pelo presidente da Brasscom, Antonio Gil, e por presidentes e executivos de empresas associadas, na sede da entidade, em São Paulo.
Na reunião da Brasscom, Gil disse ao ministro que o setor de TI deverá crescer a taxas de 20% ao ano, como aponta a AT Kearney, mesmo com a atual crise econômica. A perspectiva é de que as exportações de serviços de TI saltem dos atuais US$ 1,3 bilhão para US$ 3,5 bilhões até 2010, atingindo a meta da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Governo Federal.
Para tanto, foram discutidos os principais desafios do setor que devem ser vencidos, como a redução de custos da mão-de-obra, capacitação técnica e no idioma inglês, internacionalização das empresas locais e promoção da marca TIC Brasil.
Acompanhado do secretário de Política de Informática, Augusto Cesar Gadelha, o ministro apontou que contribuirá com os esforços da Brasscom para acelerar no governo a regulamentação da Lei 11.774, que prevê a desoneração da contribuição das empresas ao INSS, de 20% para 10%, nas exportações de software e serviços de TI.
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