O Brasil tem atualmente muitos dos melhores técnicos do mundo em software, o que poderia tornar o país uma potência tecnológica nos próximos anos. A opinião é de Mário Teza, um dos coordenadores do Fórum Internacional Software Livre (FISL), que começou nesta quinta-feira (12/4), no Centro de Convenções da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). "Na questão do software livre, o Brasil já fez um reposicionamento mundial. Hoje, a nossa indústria de tecnologia tem o mesmo potencial que o biodiesel no futuro, em seus respectivos setores", avalia ele.
Teza explica que, apesar de os programas de código aberto terem se desenvolvido bastante no Brasil, as empresas ainda não são capazes de absorver esses mecanismos. "Há uma fuga de cérebros", afirma, ao citar como exemplo o estande da Google montado no FISL ? a empresa está selecionando profissionais brasileiros para trabalhar com essa tecnologia. "Discussões que começamos aqui no FISL foram parar no Vale do Silí¬cio", diz Teza, com certo orgulho, referindo-se à região dos Estados Unidos onde estão muitas das principais empresas pontocom do mundo.
O coordenador do fórum diz, contudo, que vê uma evolução enorme no desenvolvimento do setor. "No primeiro ano foram nove palestras, hoje são quase 500", diz Teza, que faz questão de salientar que não se trata de uma feira de varejo, de venda de programas e de computadores. "É um evento-conceito, de troca, não de venda. Por isso mesmo o fórum ganhou a importância que tem. Não somos o maior evento de software livre do mundo em número de pessoas. A Alemanha, por exemplo, tem grandes eventos. Mas estamos entre os mais importantes." Segundo ele, no ano passado mais de 5 mil pessoas participaram do FISL, vindas de 24 paí¬ses.
Com informações da Agência Brasil.
