A partir de maio, o Ministério das Comunicações dará início às ações de capacitação e educação à distância do projeto Gesac (Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão), programa de inclusão digital do governo federal. O objetivo com a medida é expandir o programa de internet em banda larga gratuita.
O programa de formação é resultado da cooperação técnica entre os ministérios das Comunicações e da Educação e inclui o atendimento a 733 pontos de presença em todo o país que ainda não contavam com cursos de formação de inclusão digital, como aulas e monitorias. Com duração de um ano, o curso conta com o apoio estratégico dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, os antigos Cefets.
Todas as despesas com deslocamento, hospedagem e alimentação serão custeadas pelo Ministério das Comunicações. Em contrapartida, os monitores só receberão o certificado da formação depois de cumprirem o compromisso de formar no mínimo três multiplicadores em suas comunidades.
Todos os atores envolvidos no projeto – professores orientadores, alunos tutores e monitores – receberão uma bolsa, além de ajuda de custo no caso dos promotores de inclusão digital. No dia 5 de abril, o Ministério das Comunicações publicou portaria aprovando o Termo de Cooperação nº 002/2010, que transfere recursos da ordem de R$ 4,058 milhões para o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que serão destinados ao progroma.
Deste total, R$ 2,56 milhões serão destinados ao pagamento de bolsas, enquanto que para material de consumo serão reservados R$ 238,03 mil. Além disso, serão assegurados R$ 424,3 mil para passagens e despesas com locomoção e R$ 835,75 mil para despesas com diárias.
Onze Institutos Federais participarão do projeto. A rede de formação inclui 12 professores orientadores, 73 alunos tutores e 30 promotores de inclusão digital. Os professores serão responsáveis por formar presencialmente os monitores dos pontos de inclusão digital. A ideia é que o conteúdo das aulas presenciais seja disponibilizado também em CDs, para que os monitores possam levá-los para os pontos e utilizá-los independentemente da internet. O conteúdo também ficará disponível on-line no portal do Projeto de Formação, que trará serviços de educação à distância.
Aos alunos tutores cabe a responsabilidade de prestar atendimento remoto aos monitores durante o período de um ano, além de acompanhar os cursos de ensino à distância. Eles também devem identificar e divulgar serviços de governo eletrônico que melhor atendam as necessidades de cada ponto. Cada aluno tutor dos Institutos Federais vai acompanhar de sete a dez monitores.
Os 30 promotores de inclusão digital ficarão em contato direto com os pontos de presença, visitando as comunidades com o intuito de promover o desenvolvimento cultural e econômico local por meio da inclusão digital. Os pontos de inclusão digital também devem promover projetos comunitários, incentivar o uso de software livre, além de atuar sobre as demandas surgidas nos pontos.
"Ao fim de um ano, teremos 733 monitores certificados, cerca de 2,2 mil multiplicadores capacitados, uma metodologia de formação validada, conteúdos digitais disponibilizados para livre acesso e, sobretudo, um modelo de formação validado para subsidiar políticas públicas. Ao fim desse período, queremos verificar possíveis erros, corrigi-los, manter os acertos e, se for o caso, prorrogar o projeto por mais tempo, atendendo a mais comunidades", afirmou Elias Nagib David, gerente de projetos do Departamento de Serviços de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações.
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