O número de programas maliciosos (malwares) teve crescimento vertiginoso em praticamente todas as plataformas móveis no ano passado. Estudo do Kaspersky Lab revela que no período de janeiro a dezembro de 2011, o crescimento do malwares para o sistema operacional Android, do Google, por exemplo, foi de 11.963%, passando de 16 programas maliciosos no início do ano para 1.930 em dezembro. A mesma tendência foi verificada com as plataformas Windows Mobile, da Microsoft, e Symbian, que registraram alta de 13% e 16%, respectivamente.
A empresa diz que já identificou 5.797 códigos de vírus apenas para os dispositivos móveis equipados com o Android. Mas conforme observa o gerente comercial da Kaspersky para a América Latina, Claudio Martinelli, como a maior parte dos programas maliciosos tem uma combinação de códigos semelhantes, a quantidade de vírus pode ser ainda maior.
O executivo diz que o crescimento alarmante de malwares para o Android se explica em razão de ter se tornado a plataforma dominante no mercado. Ele toma como base um estudo da comScore o qual mostra que o sistema operacional do Google já equipa 50,1% dos smartphones em todo o mundo. “Isso também se explica pelo fato de a maioria dos apps para Android serem gratuitos, de ser uma plataforma aberta, além de existirem várias lojas de aplicativos para ela.”
Martinelli alerta que as ameaças para quem usa smartphone ou tablet está em aplicativos falsos, criados para roubar senhas ou enviar mensagens pagas, sem que o usuário perceba que está sendo roubado. Um exemplo disso, apontado pelo analista de malware da Kaspersky, Fábio Assolini, são os aplicativos de banco para Android falsos, focados em fraudes. “Embora ainda não se tenha notícia de nenhum ataque desse tipo, acredito que estamos muito próximos de encontrar vírus direcionados a fraudes bancárias em dispositivos móveis.”
O estudo foi apresentado nesta quinta-feira, 12, durante lançamento do Kaspersky ONE Universal Security no Brasil, uma solução de segurança multiplataforma para proteção contra malware e outros ataques virtuais de cirbercrime. Um dos diferenciais do produto é a licença universal para até cinco dispositivos, sejam eles PCs, smartphones ou tablets.
