A Cisco vem apoiando a transformação digital e a inovação no Brasil há 29 anos e, em 2020, lançou o programa Brasil Digital e Inclusivo (BDI) com o compromisso de ajudar e incentivar a construção de um país mais digital e mais inclusivo. Durante os três primeiros anos, mais de 30 iniciativas foram realizadas, impactando positivamente áreas essenciais para o crescimento e competitividade do país.
Um dos projetos mais recentes contempla a área da saúde pública, com o desenvolvimento e validação de uma plataforma para telemonitoramento do ato cirúrgico, em parceria com o InovaIncor do HCFMUSP. Já na área de educação, o BDI está apoiando a transformação da educação pública no país, por meio de iniciativas de validação e uso de tecnologias educacionais, que possam amplificar e melhorar as metodologias e práticas de ensino e aprendizagem nas escolas brasileiras. Outras iniciativas relevantes incluem o estímulo à inovação e ecossistemas em segurança cibernética, e a promoção e o desenvolvimento tecnológico de soluções de conectividade avançada no país, incluindo 5G e 6G.
"A digitalização é fundamental para o desenvolvimento econômico e competitividade do Brasil e nós, da Cisco, queremos apoiar essa jornada de transformação nacional por meio de iniciativas e projetos que aceleram a inovação e o desenvolvimento tecnológico de setores essenciais no país, como saúde, educação, segurança cibernética e indústria", afirma Rodrigo Uchoa, diretor de Digitalização da Cisco Brasil.
Algumas iniciativas do programa Brasil Digital e Inclusivo:
SAÚDE
A Cisco está colaborando com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) para promover a inovação e digitalização na saúde pública do país. Uma das iniciativas em desenvolvimento é o Telemonitoramento do Ato Ciúrgico (TAC), que conta com o apoio do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI).
Considerando que grande parte dos médicos especialistas hoje estão concentrados nas grandes capitais brasileiras, em especial São Paulo, o projeto viabiliza que equipes médicas em cidades remotas possam ter o acompanhamento e a colaboração de equipes de especialistas do HCFMUSP, democratizando e levando serviços de saúde de excelência para qualquer localidade do país. Além disso, evita custos desnecessários com deslocamentos de pacientes e médicos para a realização de cirurgias nas capitais.
Atualmente, dois centros cirúrgicos já estão preparados para a realização de cirurgias colaborativas: um centro no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (InCor), em São Paulo, e outro no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís, permitindo que cirurgias cardíacas pediátricas realizadas no Maranhão sejam acompanhadas em tempo real por médicos especialistas em São Paulo ou em qualquer outra localidade do planeta.
O projeto utiliza tecnologias de colaboração, videomonitoramento, óculos inteligentes e IoT para conectar o centro cirúrgico, distante geograficamente, a uma sala de monitoramento do ato cirúrgico localizada no InCor, permitindo o acompanhamento remoto das cirurgias e a melhor colaboração entre as equipes médicas.
"Estamos transformando em realidade a visão e o conceito de cirurgias híbridas colaborativas, e acreditamos que isso é só o começo da grande transformação que temos pela frente no setor de saúde", destaca Uchoa.
O projeto piloto está em andamento e, desde o final de 2022, 12 cirurgias cardíacas telemonitoradas já foram realizadas. As salas são equipadas com soluções da Cisco, desde câmeras Meraki até a plataforma de colaboração Webex, que possibilitam a troca de informações e colaboração entre as equipes, em tempo real, permitindo a rápida tomada de decisão durante o ato cirúrgico. Além disso, todas as cirurgias ficam gravadas e podem ser utilizadas posteriormente para análise e capacitação de estudantes de medicina, colaborando com a formação e aperfeiçoamento de novos cirurgiões.
A expectativa é que novas salas de monitoramento sejam instaladas em outras localidades do país ainda em 2023, além de estender as cirurgias para outras especialidades. O lançamento oficial da plataforma está previsto para junho de 2023.
"A colaboração do InCor, que é um centro de referência em cirurgias cardíacas, somado ao apoio do MCTI e a expertise da Cisco permitiu o desenvolvimento de uma solução para equipes médicas afastadas geograficamente e que podem se beneficiar da troca de informações e habilidades para cirurgias de casos complexos. Este é um projeto concebido, estruturado e executado sob a perspectiva da Saúde Digital e dos marcos regulatórios da Telessaúde e Telemedicina aplicada", afirma Prof. Dr. Fabio Biscegli Jatene, Diretor da Divisão de Cirurgia Cardiovascular e Vice-Presidente do Conselho Diretor do Instituto do Coração.
A Cisco também apoia o programa Saúde Conectada do InovaHC, centro de inovação do HCFMUSP, com o desenvolvimento da plataforma de acompanhamento da jornada dos pacientes de Transplante de Medula Óssea (TMO), que promete transformar a maneira como eles são atendidos e acompanhados antes, durante a após o transplante. O objetivo da plataforma é o telemonitoramento e teleatendimento dos pacientes 24 horas por dia, 7 dias por semana, aumentando o potencial de identificação e reação rápida em casos de complicações durante toda sua jornada, melhorando a assistência oferecida e, consequentemente, sua qualidade de vida.
O projeto envolve toda a jornada do paciente, desde a pré-internação, com assistência remota e agendamento inteligente de consultas e exames, presenciais ou remotos, a internação, com coleta de dados para a avaliação do procedimento, e a pós-internação, com monitoramento remoto contínuo do paciente através de sensores vestíveis IoTM e teleatendimento utilizando a plataforma Webex, da Cisco.
"A jornada do paciente envolve muito mais elementos que um tratamento de qualidade. Com o programa Saúde Conectada, iremos oferecer boas experiências médicas para que o paciente se sinta mais confortável em todas as etapas do atendimento. E, para que isso ocorra, temos a tecnologia como nossa maior aliada, pois nos permite modernizar processos e aproximar equipe médica e paciente.", – explica Marco Bego, Diretor Executivo do InovaHC.
Este projeto, ainda em aprovação interna de procedimentos e protocolos médicos, permitirá avaliar e validar o conceito de cuidado híbrido em saúde, assim como o uso de plataformas digitais para viabilizar a desospitalização e os cuidados além das dependências dos hospitais. Dessa forma, será possível ampliar a quantidade de brasileiros atendidos pelo sistema público de saúde e otimizar os custos com infraestrutura hospitalar.
EDUCAÇÃO
Na área de educação, a Cisco e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmaram acordo de parceria privada para a iniciativa BNDES Educação Conectada, com o objetivo de promover e avaliar o uso de tecnologias educacionais nas escolas públicas de educação básica no Brasil. Iniciado em 2021, o projeto contempla um modelo de quatro dimensões: visão, capacitação de professores, recursos educacionais digitais e infraestrutura digital, que precisam estar em sintonia para alcançar o sucesso na digitalização e transformação das escolas e dos processos de ensino e aprendizado.
O papel da Cisco na iniciativa foi desenhar e implementar a infraestrutura de conectividade e segurança cibernética nas escolas do programa, contribuindo para a construção e validação de um modelo de escola conectada e inteligente para o ensino público. O projeto da Cisco foi realizado em parceria com sete secretarias de educação, duas estaduais e cinco municipais, em 87 escolas públicas, nas cidades de Lauro de Freitas e Ilhéus, na Bahia, Lagarto, em Sergipe, e em Campina Grande e Sousa, na Paraíba.
As escolas já iniciaram o ano letivo de 2023 com a nova infraestrutura, modelo de operação e a introdução das novas metodologias e práticas pedagógicas.
Com esta iniciativa, a Cisco está contribuindo com uma etapa importante para o desenvolvimento de um modelo de escola digital para o país. Todo o aprendizado e conhecimento produzido poderá ser utilizado pelas milhares de secretarias de educação no Brasil, como referência de boas práticas para a definição de uma estratégia e plano de implementação para uma escola conectada e digital.
SEGURANÇA CIBERNÉTICA
Com a grande evolução das ameaças cibernéticas, o desenvolvimento do ecossistema de inovação em cibersegurança, inteligência de ameaças e comunidades dispostas a colaborar, é fundamental para endereçar os riscos que surgem com a digitalização do país. Neste sentido, a Cisco e o Distrito idealizaram o Movimento CyberTech Brasil, que conta hoje com cerca de 1.000 membros ativos na comunidade exclusiva da plataforma CyberTech Brasil, um espaço de discussões e compartilhamento de experiências entre profissionais da área de segurança. A plataforma também reúne diversos conteúdos, incluindo pesquisas sobre segurança cibernética, o mapa da inovação do setor e uma agenda de eventos relevantes para os profissionais de segurança cibernética no país.
O Movimento CyberTech Brasil também promoveu seu primeiro programa de inovação aberta para incentivar a inovação e startups brasileiras a pensarem e desenvolverem soluções na área de detecção de ameaças e resposta a incidentes cibernéticos, baseadas na plataforma nativa em nuvem Cisco SecureX. Três startups foram selecionadas: EcoIT, Murabei e 300 Inteligência, e receberam mentorias da Cisco e da Distrito durante as diversas etapas do programa, cujo encerramento foi realizado em março com o Demo Day no Cisco Secure CyberHub.
PROMOÇÃO DO 5G NO PAÍS
A Cisco, através BDI e dos recursos originários da Lei de Informática, tem apoiado a pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação no Brasil há mais de 10 anos. Nos últimos três anos, como parte da estratégia de P&DI no país, a empresa tem apoiado diversos programas e projetos relacionados com as novas tecnologias de conectividade avançada, como 5G, 6G e Computação em Borda, áreas de extrema relevância para a indústria nacional e setores da economia. Diversas parcerias foram estabelecidas com importantes institutos de pesquisa, como INATEL, CPQD e SENAI/SP, que possuem tradição, reconhecimento e profundo know-how do setor de telecomunicações.
Uma das iniciativas, cuja primeira fase foi concluída em junho de 2022 e agora se encontra na segunda fase, é o 5G-in-a-Box, projeto de pesquisa e desenvolvimento tecnológico de uma rede 5G integrada, com tecnologia nacional. O projeto é apoiado pela Cisco, com coordenação da Rede Nacional de Pesquisa (RNP), gestora do programa prioritário de interesse nacional PPI Internet Avançada do governo federal, e execução do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel).
A solução 5G-in-a-Box pode, por exemplo, ser utilizada como uma rede de acesso 5G de alta capacidade e de fácil implementação, para conectividade de ambientes de Internet das Coisas (IoT), comunicação entre máquinas (M2M) e aplicações avançadas de Indústria 4.0, em ambientes internos ou mesmo em áreas abertas com alcance limitado.
O objetivo do projeto é estimular a pesquisa e indústria nacional, além de viabilizar e simplificar a adoção das tecnologias 5G em redes privadas e criação de espaços inteligentes conectados. Como parte da iniciativa 5G.BR CONECTA BRASIL, o projeto 5G-in-a-Box deve iniciar sua fase de projeto piloto no segundo semestre deste ano, após a conclusão da segunda fase, em agosto de 2023.
"O projeto 5G-in-a-box, além de cooperar para o desenvolvimento tecnológico no Brasil, também oferece dois benefícios de considerável relevância. O primeiro deles é aumentar o número de soluções dentro do cenário de conexão 5G para redes privativas, intensificando a competitividade no setor e atendendo as diferentes verticais da economia brasileira, como o agronegócio, a saúde e a indústria. O segundo é formar engenheiros e engenheiras capazes de desenvolver soluções de alta complexidade nas áreas de telecomunicações, computação e eletrônica, resultando em oportunidades de avanço nesta e em futuras gerações de redes móveis que ainda estão por vir", destaca o diretor do Inatel, professor Carlos Nazareth Motta Marins.
Como uma das empresas que apoiam o PPI Internet Avançada, do MCTI, a Cisco provê recursos da Lei de Informática para os projetos que fazem parte deste programa, coordenado pela RNP. Além do 5G-in-a-Box, a empresa também apoia o 'Brasil 6G' e 'OpenRAN@Brasil'.
A Cisco participa ainda do projeto 'EDGE 5G', idealizado pela Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), para criar aplicações suportadas pelo 5G e testá-las em uma rede privativa real. A proposta é buscar respostas de aplicação da tecnologia em larga escala no chão de fábrica e a expectativa é que as descobertas possam ser aplicadas em diversas áreas que envolvem produção intensiva com equipamentos automatizados, como as indústrias da aviação, cosméticos, agropecuária, entre outras.