IA no agronegócio: como assistentes e agentes inteligentes revolucionam o campo

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Impulsionar a produtividade, a sustentabilidade e a eficiência no setor são pontos chaves que a Inteligência Artificial (IA) pode promover para revolucionar o agronegócio. Segundo a Markets and Markets, o mercado global de IA aplicada à agricultura deve atingir US$ 4,7 bilhões até 2028, com uma taxa de crescimento anual de 23,1%. Já o relatório do SXSW (South by Southwest) aponta que o agronegócio está entre as 20 indústrias que sentirão rapidamente os impactos da IA e da IA generativa.

Nesse cenário, assistentes e agentes inteligentes se destacam como algumas das aplicações mais promissoras da IA no setor, desempenhando papéis complementares na otimização da produção agrícola e no suporte aos profissionais do campo. Em se tratando dos assistentes de IA, que são projetados para interagir com humanos, a tônica é auxiliar na tomada de decisões, na gestão de processos e no atendimento a demandas específicas.

Um exemplo recente é a ISA, assistente virtual criada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Desenvolvida pela Coordenadoria de Tecnologia da Informação, a ISA busca otimizar a rotina dos servidores públicos, otimizando tarefas e fornecendo informações rápidas e precisas para as tarefas que apoiam o desenvolvimento sustentável do agronegócio do Estado.

Os assistentes de IA, podem, por exemplo, com treinamento e uso de dados, fornecer recomendações sobre o melhor momento para plantio e colheita, responder dúvidas técnicas de agricultores em tempo real, gerenciar estoques de insumos agrícolas e oferecer suporte logístico na distribuição dos produtos. Além de reduzir erros humanos, essas ferramentas aumentam a produtividade, garantindo maior previsibilidade e controle sobre as operações agrícolas.

Já os agentes de IA operam de forma autônoma, executando tarefas sem necessidade de interação humana constante. Essas ferramentas podem apoiar o monitoramento de lavouras em tempo real por meio de sensores e drones, prever impactos climáticos com base na análise de padrões meteorológicos e otimizar a aplicação de defensivos agrícolas, reduzindo desperdícios e minimizando danos ambientais. Além disso, são fundamentais para a agricultura de precisão, permitindo que cada decisão seja baseada em dados concretos.

Outros exemplos de aplicação dos agentes de IA incluem a identificação automática de pragas e doenças nas plantações, controle de irrigação inteligente que ajusta a quantidade de água conforme a necessidade das culturas e automação de colheitadeiras e tratores, possibilitando operações mais precisas e com menor consumo de combustível.

Tanto os  assistentes, quanto os agentes de IA estão se tornando cada vez mais acessíveis graças ao avanço das plataformas que automatizam o desenvolvimento de sistemas, como é o caso do Low-Code.

Essa abordagem reduz significativamente a complexidade do desenvolvimento, permitindo que empresas e governos acelerem a implementação de soluções personalizadas, democratizando, desta forma, o acesso à inovação no agronegócio.

A evolução da IA no setor agrícola se mostra cada vez mais indispensável, permitindo o avanço de um dos setores mais importantes da economia brasileira. Potencializar a produção agrícola, assim como promover um trabalho mais dinâmico dos profissionais do campo são fatores que estão diretamente ligados a três grandes frentes globais: a segurança alimentar, a competitividade em um cenário econômico desafiador e a sustentabilidade. Atender a essas exigências garante não só a estabilidade, mas principalmente o acesso a novos mercados.

Ricardo Recchi, regional manager Brasil, Portugal e Cabo Verde da Genexus by Globant.

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