As vendas mundiais de chips no primeiro trimestre recuaram 13% em relação a igual período do ano passado. Na comparação com o período de outubro a dezembro de 2008, a queda foi de 10,9%, o que significou o segundo trimestre consecutivo de retração, já que no quarto trimestre as vendas de chips haviam sido 17% inferiores ao terceiro trimestre, segundo dados da IDC.
O maior declínio registrado pelo setor foi na venda de chips para netbooks – laptops ultracompactos de baixo custo –, o que mostra que as estimativas feitas anteriormente não se confirmaram e que até mesmo essa categoria de PCs começa a sentir os efeitos da crise.
O chip Atom, fabricado pela Intel e líder de mercado, por exemplo, registrou declínio de 33% nas vendas, e a IDC estima que o microprocessador foi responsável por 21% das vendas da Intel e 6,5% da sua receita com chips neste trimestre.
No segmento de chips para celulares, as vendas da Intel caíram 4,7% e as da AMD cresceram 4,7% na comparação com o trimestre anterior. No mercado de chips em geral, a Intel viu sua participação cair 4,7% no período, totalizando 77,3%. A AMD, ao contrário, aumentou em 4,6% seu market share em relação ao último trimestre de 2008, chegando aos 22,3%.
O relatório da IDC conclui que o mercado de semicondutores ainda está fraco. Segundo a consultoria, o aumento da demanda por processadores verificado no fim de março se deveu muito mais à queima de estoque do que propriamente à retomada do mercado. Para o segundo trimestre, a IDC ainda espera um declínio, ainda que modesto.
- Retração na demanda