Uma ação judicial de mais de 13 anos contra a Microsoft por práticas anticompetitivas expirou nesta quinta-feira, 12. Movida pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ), em 1998, o processo também envolvia, desde 2002, uma investigação da companhia americana no mercado de software. A intenção da Justiça americana era garantir a participação de outras empresas no então nascente mercado comercial de internet.
Segundo o DOJ, a ação foi registrada depois que empresas e consumidores reclamaram de não ter opções de navegadores de internet, programas para ouvir músicas e ver vídeos e para mensagens instantâneas pela internet (categoria que o DOJ chama de middleware) no Windows, que já vinha com os software da Microsoft pré-instalados. Na opinião da Justiça americana, a Microsoft usava seus programas como forma de impedir a atuação de concorrentes no mercado.
Em comunicado publicado no site do DOJ, o órgão afirma que a ação contra a Microsoft foi a grande responsável pelo desenvolvimento da internet, principalmente do segmento de navegadores de web. "Quase todo o mercado de middleware em desktops está mais competitivo hoje do que quando este processo começou", diz a nota.
O comunicado ainda afirma que, por causa do processo, "houve inúmeros desenvolvimentos no cenário dos sistemas operacionais para computadores pessoais". Entre eles, o surgmento de outros browsers, como o Mozilla Firefox e o Google Chrome e novos software de mensagem instantânea, como o Google Talk e o Skype.
Sobre o fim do processo, a Microsoft disse apenas que "a experiência nos mudou e remoldou nossa visão de responsabilidade perante a indústria".
A companhia ainda é alvo de ação semelhante na União Europeia, onde a obrigação de dar outras opções de navegadores acaba em 2012 e a de garantir interoperabilidade com software de outras empresas apenas em 2019. Com informações do Financial Times.
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