O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, considerou tímidas as medidas anunciadas pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, para o setor eletroeletrônico compensar a valorização do real frente ao dólar. Segundo Barbato, a antecipação do prazo para recebimento dos créditos de PIS/Cofins e a redução de 80% para 60% do volume da produção que precisa ser exportado para que se tenha direito à suspensão do PIS e da Cofins na compra de insumos e bens de capital, são medidas que atuam na periferia do problema central, que é o real valorizado.
Para o presidente da Abinee, o setor esperava medidas que tivessem maior repercussão na taxa de câmbio no curto prazo, como tributação dos investimentos especulativos e a possibilidade de os exportadores manterem fora do país 100% do valor exportado. De acordo com Barbato, sem essas medidas dificilmente haverá qualquer movimento na taxa de câmbio, pois os bancos continuarão tranqüilamente em suas posições vendidas.