Vendas de celulares na AL têm queda de quase 30%

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O mercado de telefones celulares refletiu mais uma vez o enfraquecimento do mercado global e reafirmou no primeiro trimestre a tendência de queda apresentada nos três últimos meses do ano passado, o que deve perdurar no decorrer de todo o ano. No período, o número de unidades embarcadas foi 35 milhões menor do que o registrado no mesmo trimestre do ano passado, e todos os indícios apontam para uma retração contínua que deve durar até o quarto trimestre de acordo com a consultoria americana ABI Research.
A indústria de celulares tem sido caracterizada por longas tendências sazonais, em que o primeiro trimestre historicamente sempre apresenta um declínio sequencial após as festas do fim do ano anterior, segundo a ABI. No entanto, a consultoria observa que a queda neste primeiro trimestre foi especialmente acentuada. "Ao todo foram embarcados 255,6 milhões de aparelhos, o que representou um declínio de 20% a partir do quarto trimestre de 2008, que já havia sido um trimestre com desempenho baixo, com queda de quase 12% na comparação com o primeiro trimestre de 2008", disse Kevin Burden, diretor de práticas da ABI Research.
As reduções nos embarques são uma nova realidade nova para o mercado de telefones móveis. "A indústria e os consumidores adotaram um espécie de modo de proteção", disse Burden. "Proteger rentabilidade levou os fabricantes a produzir menos e às operadoras e varejistas a manterem estoques menores. Os consumidores também estão percebendo que muitas das características que desejam já estão disponíveis nos aparelhos que utilizam atualmente, e estão dispostos a abdicar de uma atualização até que tenham mais confiança no próprio futuro."
A região da Ásia-Pacífico, que registrou o triplo de volume de consumo de handsets, era tida como a que mais sentiria os efeitos do cenário econômico conturbado. No entanto, ela registrou queda de apenas 8%, na comparação ano sobre ano. O mercado latino-americano, no entanto, tido até então como mais estável diante da crise financeira mundial, teve queda de quase 28%, o maior declínio entre todas as regiões, devido em grande parte à desvalorização de suas moedas e ao aumento dos preços de importação de telefones celulares.

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