Uma nova tendência no mundo das fraudes eletrônicas através do uso de cartões de crédito foi detectada pela Symantec. Os fraudadores estão doando dinheiro a instituições de caridade para certificar-se de que os cartões têm validade para que possam ser usados. Como a verificação nem sempre é uma tarefa fácil, pois ao fazê-lo são gerados sinais de alerta que denunciam o roubo do cartão, tal mecanismo de proteção deu origem à nova modalidade de crime virtual.
A Symantec acredita que esse método deve se tornar muito em breve o preferido entre os estelionatários. A primeira delas é a dificuldade que os administradores de cartões de crédito têm de rastrear as doações feitas e saber se elas são legítimas ou não, sobretudo porque doações legítimas a instituições de caridade são normalmente ocasionais e não sujeitas a uma regularidade que as enquadre em um padrão facilmente identificável. Na ausência deste fica muito mais difícil detectar a fraude e ela passa muitas vezes despercebida.
De acordo com dados da fornecedora de software de segurança, durante o segundo semestre do ano passado, cartões de crédito emitidos nos Estados Unidos com dígito verificador eram vendidos em servidores da economia informal a um preço entre US$ 1 e US$ 6. No mesmo período, 51% de todos esses servidores estavam situados nos EUA, o país com maior número deles.