A Qualcomm avalia a possibilidade de abrir um centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) no Brasil. Seria o primeiro da empresa na América Latina. Atualmente seu centros de P&D estão distribuídos na América do Norte, na Europa e na Ásia. Cada um é especializado em determinada área, como vídeo, realidade aumentada, gráficos, áudio etc. Segundo o presidente da Qualcomm para América Latina, Flávio Mansi, é preciso identificar quais seriam as áreas de conhecimento mais propícias para serem trabalhadas em um centro de P&D no Brasil. "Estamos analisando o assunto e identificando design houses locais", disse o executivo, ressaltando que a decisão de construir um centro de P&D no Brasil ainda não está tomada. "Não é um processo rápido. Vamos decidir dentro de 12 a 18 meses", afirmou Mansi.
Conversas com o governo brasileiro sobre o tema estão em andamento. Uma reunião entre representantes da Qualcomm e do Ministério da Ciência e Tecnologia aconteceu na semana passada em San Diego, nos EUA, onde está localizada a sede da empresa. "Vemos com bons olhos o interesse do governo em atrair mais investimento em pesquisa e desenvolvimento para o Brasil", comentou Mansi.
A Qualcomm já investiu mais de US$ 17 bilhões em P&D. Todo ano, cerca de 25% de sua receita é destinada para esse fim. O licenciamento de patentes responde por 30% do faturamento anual da companhia e cerca e 60% de seu lucro.
Mansi participou nesta sexta-feira, 12, do evento QPartner, em São Paulo.
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