RFID pretende melhorar sistema de hemocentros e hospitais

0

Um projeto da RF Automação, spin off da TDSA Sistemas, pretende otimizar o monitoramento e controle de bolsas de sangue nos hospitais, a fim de garantir a segurança em casos de emergência e melhorar o controle do estoque de hemocentros.
Em versão beta, o projeto foi batizado de RFCom e atua como middleware de identificação por rádio frequência (RFID, na sigla em inglês). Em desenvolvimento desde 2009, deve operar em São Paulo até o início do ano que vem.
O sócio e gerente comercial da RF Automação, Vinícius Vaz Guedes, explica que hoje o controle em hemocentros é feito por meio do código de barras. Quando um paciente em emergência precisa de uma transfusão, nem sempre é feita a leitura das bolsas de sangue. "Em meio a uma emergência, se o enfermeiro perde tempo ao parar e fazer a leitura, o paciente pode correr risco de morte", explica.
Com a tecnologia de RFID, essa leitura é automatizada. Um sensor na porta do estoque, por exemplo, pode atualizar o sistema automaticamente, sem necessidade de intervir na operação. "A tecnologia traz um controle exato do estoque real e o estoque no sistema, o que não acontece hoje com o código de barras", completa Guedes, enfatizando que o projeto não prevê a substituição do código atual, apenas sua complementação.
O RFCom foi selecionado entre cerca de 60 projetos pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) por meio do programa Pesquisador na Empresa – RHAE. O programa de fomento trabalha na inserção da comunidade científica acadêmica em empresas de tecnologia de pequeno e médio porte, e investiu o total de R$ 40 milhões nas empresas selecionadas este ano. O projeto da RF Automação conta com o auxílio de um mestre, dois graduados e dois graduandos na área.
O Brasil ainda não possui uma regulamentação específica, entretanto, para o uso da tecnologia na área de saúde. Por enquanto, a RF Automação utiliza os parâmetros da Associação para Terapias Celulares e de Transfusão dos Estados Unidos (AABB, na sigla em inglês) para definir seu projeto no Brasil. Como as escolas de saúde no país costumam se apoiar em legislação norte-americana, quando houver definição jurídica brasileira, Guedes prevê apenas pequenos ajustes. O executivo sublinha que dois órgãos federais, a Hemobrás e a Ceitec, estão trabalhando para implementar o RFID na saúde brasileira, o que deve acelerar o processo de regulamentação para meados de 2013.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.