Gestão de riscos é crucial para teles no novo cenário, diz consultor

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As enormes transformações pelas quais as telecomunicações vêm passando estão impondo às operadoras um duplo desafio. Além do desenvolvimento de modelos de negócio que possam trazer vantagem competitiva, elas agora necessitam dispor de ferramentas e processos que lhes dêem um visão integrada da gestão de riscos e de segurança da informação.

?O momento que as operadoras estão vivendo é um período que envolve enormes riscos, pois há uma avalanche de novas tecnologias, uma forte demanda dos usuários por novos serviços, como VoIP, IPTV, web 2.0, entre outros, e isso tem exigido que estejam preparadas para garantir uma gestão de riscos efetiva?, avalia do diretor de Advisory Service da PricewaterhouseCoopers (PwC), Antonio Gesteira, que foi um dos palestrantes do 1º Fórum de TI para Operadoras, promovido nesta quarta-feira (12/9) pelas revistas TI INSIDE e TELETIME, publicadas pela Converge Comunicações.

Em meio a esse cenário, o consultor alerta que as operadoras hoje têm de pensar a gestão de risco olhando para os processos internos, as mudanças organizacionais, as novas tecnologias, a capacitação profissional e as operações. E essa visão, segundo Gesteira, pode nascer da área de TI, já que é ela que detém as informações e que pode alavancar uma boa gestão de risco. ?O mercado está passando por uma grande mudança e a reboque está trazendo uma série de desafios às operadoras, como a necessidade de atendimento a inúmeras regulamentações, a busca pela excelência operacional e rentabilidade, a melhoria dos processos e estar preparada para atender o crescimento da demanda, além de aumentar a produtividade e a confiabilidade dos serviços?, diz ele.

De acordo com o consultor da PwC, o contexto da gestão de risco passa também pela redução do número de incidentes, gerenciamento dos custos e redução das perdas financeiras. Segundo Gesteira, uma dos principais tipos de riscos que envolvem as operadoras é o operacional, como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falhas, deficiência ou inadequação dos processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Ele diz que outros riscos associados à parte operacional é o de fraudes, internas e externas, demandas trabalhistas, segurança deficiente no local de trabalho e práticas inadequadas relativas aos clientes, produtos ou serviços.

Frentes a esses desafios, Gesteira diz que as operadoras têm de levar em conta alguns aspectos cruciais. Entre os principais, ele cita a necessidade de a operadora ter uma estratégia de atuação junto aos órgãos reguladores, de desenvolver uma estratégia tecnológica, que contemple a arquitetura e a capacidade de integração de sistemas e de migração, além de uma estrutura de sistemas que cubra as principais áreas, como billing, atendimento ao cliente e segurança. Por fim, ele chama atenção para a necessidade de se ter o desenho dos processos, visando a garantia de receita.

A visão da PwC, segundo Gesteira, é que a empresa entenda a essência dos processos e identifique os objetivos do negócio. ?A partir daí é possível a operadora passar para a avaliação de risco e definir quais são os controles e planos de ação que devem ser implementados?, finaliza.

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