Um ano depois de o Banco do Brasil e a Cielo terem se associado à Oi na Paggo, a empresa de pagamentos via celular anunciou nesta segunda-feira, 12, o lançamento de um serviço de pagamento móvel com crédito pré-pago, o primeiro em parceria com o banco e a empresa de meios de pagamentos. O atual serviço da operadora, o Oi Pago, conta com 1 milhão de clientes, que serão migrados para a Paggo – a marca sob a qual atuará a joint venture criada pelas empresas –, além de registrar entre 300 mil e 400 mil operações mensais e ter terminais de pagamento em 90 mil estabelecimentos.
Um projeto piloto será lançado até o fim do ano, diz Massayuki Fujimoto, executivo-chefe (CEO) da Paggo, ao acrescentar que a idéia e ampliar os serviços de pagamento móvel no mercado. Ele conta que a empresa irá trabalhar em duas frentes: com os consumidores, integrando à rede Paggo os clientes de cartões do Banco do Brasil, e com de microempreendedores e pequenas empresas. “A ideia é levar esse serviço a profissionais autônomos, como personal trainers e revendedoras de cosméticos, munindo-os de celulares que funcionarão como terminais de pagamento.”
Segundo o executivo, a Paggo já fechou parcerias com Natura, Avon e Mary Kay para a venda porta a porta do serviço, que será multibandeira e multioperadora e deve contar com taxas maiores para os comerciantes que os atuais terminais de pagamento, devido a prazos de pagamento mais curto. Mas ele não soube dizer qual será a taxa cobrada dos comerciantes.
Já o serviço de pagamento móvel com crédito pré-pago para o mercado consumidor, diz Fujimoto, terá como foco a população de baixa renda, usuária do serviço pré-pago, que hoje representa mais de 80% do mercado de telefonia móvel do país. Ele adiantou também que a Paggo pretende lançar no ano que vem um celular com NFC (Near Field Communications), tecnologia de comunicação por aproximação entre máquinas, que permite a troca de informações sem a necessidade de acesso à rede de dados da operadora ou à internet.