Após crescer 14% em média nos últimos anos, atingindo o faturamento de R$ 710 milhões em 2010, e R$ 830 milhões em 2011, o segmento de equipamentos de segurança eletrônica deve manter sua trajetória ascendente nos próximos anos.
A afirmação é do presidente da ABINEE, Humberto Barbato, que apresentou a visão da entidade sobre o mercado de Segurança Eletrônica, no Seminário de Tecnologia em Segurança Brasil e Alemanha, realizado pela Fiesp, nesta segunda-feira,10.
Segundo ele, a efetivação dos investimentos para os grandes eventos esportivos que ocorrerão no Brasil, a recuperação rápida da retomada do crescimento nacional, no ritmo dos últimos anos, e a melhoria da legislação aplicada ao segmento de serviços de segurança eletrônica são as condições necessárias para que o faturamento das vendas de equipamentos deste segmento confirme sua estimativa de crescer 16%, em média, até 2016.
“A projeção é de que o faturamento atinja R$ 1,8 bilhão ao final deste período”, frisou. Entre as oportunidades no segmento, o presidente da ABINEE ressaltou a tendência de utilização de inteligência computacional para a análise de segurança (principalmente em soluções de vídeo vigilância), o que implica em software dedicados – área de alta competência da indústria brasileira de software.
“Também se configura como oportunidade o fato do Brasil ser um país continental, que tem muito a instalar em equipamentos de segurança, não só com o foco na segurança patrimonial, mas, principalmente, na melhor prestação de serviços dos entes públicos”, disse.
Neste aspecto, ele citou como exemplos o desenvolvimento de sistemas de monitoramento de cidades, estádios, enchentes, trânsito, transportes de cargas valiosas, alimentos entre outros. Barbato ressaltou, entretanto, que o segmento enfrenta uma série de desafios.
“No caso dos produtos de alto valor, voltados ao mercado de grandes soluções, o problema está na inexistência de uma indústria de componentes no país e, consequentemente, na importação de produtos e soluções da Ásia”, disse. Nos produtos de baixo valor, ele acrescentou, o problema maior está no mercado cinza, que comercializa produtos de baixa qualidade e muitas vezes contrabandeados ou com sonegação fiscal. “A falta de regulamentação (normalização, certificação) na maioria dos produtos contribui para a entrada destes produtos importados de baixa qualidade”, concluiu.