Maricá investe R$ 150 milhões em polo de tecnologia e educação

0

A transformação digital e suas implicações na indústria e na economia, uma das principais preocupações de quem pensa o futuro das organizações, viraram prioridade para o município de Maricá. De olho no problema da falta de mão de obra qualificada para atender a indústria 4.0, a Companhia de Desenvolvimento do município criou o Parque Tecnológico de Maricá (RJ) para atrair e formar talentos. Com uma diretriz voltada para a educação, o projeto tem como objetivo de capacitar os jovens para profissões que sequer foram inventadas. Estão sendo investidos R$ 150 milhões e, segundo os responsáveis, a previsão é de que o projeto receba investimentos privados de até R$ 2 bilhões em 10 anos.

A proposta é alinhar a política de desenvolvimento da região aos planos de investimento em educação. Usa para isso o mais completo sistema de inovação, que concentra em um só lugar empresas de base tecnológica, instituições de ensino e pesquisa, incubadoras de negócios, centros e laboratórios que criam um ambiente favorável à inovação. Segundo os responsáveis, o parque é resultado de um programa multisetorial de criação planejada para o desenvolvimento do Leste Metropolitano, baseado na economia do conhecimento (inclusive indústria 4.0), de abrangência regional (dos municípios do leste fluminense, em especial Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá, Rio Bonito e Saquarema), cujo núcleo articulador está instalado no município de Maricá.

No primeiro semestre, profissionais da educação foram qualificados no universo da gameficação. Durante o período, mais de 90 jogos educacionais foram criados pelos próprios professores para engajar os alunos no processo de construção do conhecimento associados às habilidades sócias emocionais.

Segundo o superintendente do Parque Tecnológico, Tiago de Paula, uma das ações previstas para o segundo semestre é o "Cluster de Games Maricá", formulado a partir de publicações do BNDES, da USP e de muita conversa e articulação com agentes econômicos, educacionais e de inovação. "O processo de inovação na indústria de games deve-se muito à formação de uma Comunidade Gamer, muitos de seus talentos nascem nestas comunidades, há uma profunda relação entre usuários (gamers) e os profissionais desenvolvedores e game design (e muitas outras profissões desta indústria). O Torneio Intercolegial de Games é a primeira ação no sentido de formar essa comunidade Gamer organicamente no Município e de introduzir instrumentos de identificação e desenvolvimento de talentos", declarou Tiago.

O Torneio Intercolegial de Games vai envolver ao longo de seis meses 1.500 professores de 50 escolas (municipais, estaduais e particulares), e cerca de 30 mil alunos entre 11 e 18 anos, num total de 300 atividades.  O objetivo é usar os melhores benefícios dos jogos eletrônicos para desconstruir preconceitos, legitimar os games na área educacional, e promover o desenvolvimento de novos profissionais de youtubers a  e desenvolvedores de jogos.

O diretor da For Games empresa que está implementando o projeto em  Maricá, Victor Prado, classificou a iniciativa como um grande passo para a educação brasileira. "O Brasil consome muito game, mas não produz no mesmo patamar de consumo porque não possui gamer crítico, que entenda como os jogos são feitos e o que está consumindo. O torneio vai oferecer mais de 300 oficinas de desenvolvimento de jogos e falas com alunos e professores sobre as possibilidades profissionais dessa indústria bilionária", declarou.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.