Senador pede regime tributário diferenciado para setor de tecnologia

0

O senador catarinense Esperidião Amin apresentou, na última semana, uma emenda para incluir o setor de tecnologia da informação entre aqueles com regime diferenciado de tributação na Reforma Tributária. A emenda 121 modifica o artigo 9º da PEC 45/2019 e garante ao setor até 60% de desconto nos futuros impostos IBS e CBS, que serão criados.

Caso a modificação seja aprovada, a tecnologia se equipará a setores como serviços de saúde, educação e o transporte coletivo. Um estudo promovido por entidades do setor aponta que, caso o texto aprovado na Câmara dos Deputados não seja alterado, o aumento na carga tributária pode chegar a 342% para as empresas de tecnologia.

Em sua justificativa na apresentação da emenda, Amin afirma que o setor de tecnologia emprega mais de dois milhões de pessoas diretamente no país e não pode ser sufocado pelo aumento de impostos. O senador afirma ainda que a Reforma Tributária não permite que o setor obtenha créditos a partir da mão de obra, que hoje responde por até 70% dos custos das empresas.

"O setor de TI é estratégico, sendo necessário permitir e garantir o crescimento de suas empresas antes de onerá-lo, sob risco de sufocá-lo na origem. A tecnologia é transversal à economia, afetando o desenvolvimento de setores como a indústria, o saúde e a educação", afirma Amin.

Para o vice-presidente de Relacionamento da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), Diego Brites Ramos, a emenda de Amin garante que o setor não tenha um aumento de imposto que levaria a um êxodo de empresas do país. Em agosto, representantes da ACATE estiveram por duas vezes em Brasília para conversar com parlamentares sobre a necessidade de mudanças no texto da Câmara dos Deputados.

"Em Santa Catarina, a tecnologia já representa mais de 6% do PIB e cresce acima da média dos demais setores. Nossas empresas não podem ser penalizadas, sob o risco de perdermos empregos e renda. Apoiamos a emenda apresentada pelo senador Amin e contamos com todos os parlamentares para evitar este grande retrocesso", afirma Brites.

A Reforma Tributária foi aprovada em julho na Câmara dos Deputados, e a previsão é que a votação no Senado ocorra em meados de outubro.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.