Em 2005, a Softex recebeu 22 projetos de empresas com interesse em obter recursos do Prosoft-Empresa, programa voltado para o financiamento de empresas desenvolvedoras de software e operações de capital de risco em companhias nacionais. Ao final, 15 foram aprovados e encaminhados ao BNDES para avaliação. Neste ano, até outubro, a entidade havia recebido 25 projetos referentes ao programa. Destes, dez já foram aprovados pela área de funding e encaminhados. Estão ainda em fase de avaliação e aperfeiçoamento do plano de negócios outros oito projetos, que poderão ser enviados ao banco ainda este ano.
O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (11/10) pela entidade durante reunião dos seus consultores, representantes que acompanham as empresas financiadas pelo programa, no Instituto de Tecnologia em Software (ITS) ? Agente Softex de São Paulo.
De acordo com a Softex, as perspectivas para 2007 são boas. A taxa de juros de longo prazo(TJLP), que é utilizada como base para os contratos de financiamento do Prosoft-Empresa, mantém constante sua trajetória de queda. Durante todo o ano de 2005, a taxa se manteve ao nível de 9,75% ao ano. Hoje, ela está em 6,85%, uma queda de quase 30% do custo financeiro das operações do Prosoft-Empresa. Isso, segundo a entidade, está animando o setor e encorajando os empresários a financiarem os seus projetos.
?Do ponto de vista macroeconômico, estamos em um momento muito favorável. A TJLP nunca esteve tão baixa em sua história. Isso é positivo não só para o setor de software, mas para o Brasil como um todo?, avalia Carlos Leitão. ?Já percebemos as empresas nos consultando mais sobre o programa, buscando nossa ajuda e de nossos agentes para elaborarem seus projetos e encaminharem ao BNDES. O setor está disposto a assumir riscos, justamente porque as perspectivas são boas, e isso vai muito além da baixa taxa de juros do financiamento?, completa.
O Programa para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços Correlatos (Prosoft) é um programa de financiamento criado em 1997 pelo BNDES, em parceria com a Softex, que visa ampliar a participação das empresas nacionais no mercado interno, fortalecendo o processo de inovação, pesquisa e desenvolvimento, bem como estimular a competitividade dessa indústria, entre outros objetivos.
Em 2004, o Prosoft foi reestruturado para aumentar o envolvimento do BNDES com o setor. O modelo anterior, mais voltado ao software produto, foi ampliado para permitir o financiamento aos serviços correlatos.