Há mais de 200 anos, a indústria gráfica está presente no dia a dia das pessoas – seja nas embalagens, rótulos, adesivos, cartazes, catálogos, livros, panfletos e tantos outros. Com os avanços tecnológicos nas últimas décadas, o mercado que teve os seus altos e baixos, foi crescendo e ganhando novos contornos e públicos com itens personalizados, além da forte presença no digital. Com alguns cliques de distância, hoje é possível realizar pedidos sem sair pela cidade, graças às mudanças na era da Indústria 4.0, ou quarta Revolução Industrial.
Porém, ao mesmo tempo, surgem desafios que exigem das empresas uma maior flexibilidade em meio ao mundo volátil. É preciso ter criatividade, capacidade de olhar de fora para dentro para atender às necessidades e dores dos clientes e, principalmente, resiliência. Houve um período difícil com a pandemia, e o setor gráfico não somente se adaptou como se fortaleceu: os materiais impressos ainda são a preferência das pessoas, segundo a pesquisa "Trend Tracker Surbet 2023", feita pela Toluna a pedido da Two Sides.
Ainda de acordo com o estudo, 72% dos entrevistados afirmaram ter preocupação que as informações digitais fossem hackeadas, roubadas ou danificadas. Já para 54% há uma preocupação com o uso excessivo das telas e os impactos na saúde. Ou seja, embora haja o avanço do digital, a mídia offline continua presente, sendo uma aliada principalmente para negócios que desejam fortalecer suas marcas e atender a diferentes públicos.
Com o acesso a infinitas possibilidades no mercado, o público fica cada vez mais exigente e, para se destacar, as companhias devem fazer das tecnologias verdadeiras aliadas na eficiência de processos, aumento de produtividade e redução de custos operacionais e logísticos. Além disso, as inúmeras ferramentas disponíveis para o setor melhoram a segurança dos colaboradores, evitam acidentes, possibilitam um maior controle de produção, aumentam a qualidade dos produtos, diminuem tempo com burocracias e entregas para os clientes, e as empresas consequentemente ganham em vantagem competitiva.
O advento da Inteligência Artificial e da conexão 5G vão possibilitar nos próximos anos, experiências ainda mais imersivas e personalizadas, beneficiando também as empresas em um maior controle de dados e combate ao desperdício de materiais, contribuindo para a preservação do meio ambiente e redução do consumo de energia. A meu ver, acredito que a Indústria 4.0 vai continuar crescendo, desde que não esqueça do fundamental: estar próximo dos clientes, ter escuta ativa para ouvir feedbacks, olhar para a inovação trazendo sempre um diferencial para impactar positivamente a vida das pessoas. E assim todos ganham.
Gregory Goris, diretor de tecnologia da Printi.