Tecnologia aplicada ao futuro do setor bancário

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Ao contrário do previsto por muitos especialistas do setor após o seu auge em 2022, o metaverso não morreu. Aliás, pelo contrário, ele segue mais vivo do que nunca.

O descrédito ao qual o assunto foi submetido pouco tempo atrás não é novidade, já que segue o mesmo padrão de quase todas as novidades tecnológicas que ingressam no mercado, quando ainda existem, sobretudo, no campo conceitual.

Em seu início, o metaverso tornou-se um produto idealizado tanto pelas big techs como pelos consumidores, que nutriram grandes expectativas quanto às possibilidades que essa tecnologia poderia – e pode! – proporcionar.

Porém, atualmente, após certa maturação do tema e exemplos a fio de aplicações práticas e exitosas, já é possível enxergar o metaverso como uma realidade que não se limita mais às vivências individuais, e sim rompe fronteiras como uma verdadeira oportunidade de negócio, que tem o potencial de agregar valor e possibilidades às mais diversas vertentes econômicas.

Durante a 33ª edição da Febraban Tech, realizada em São Paulo, nós da Softtek tivemos a oportunidade de apresentar as inovações do metaverso voltadas ao setor financeiro, bem como uma experiência imersiva que oferecia aos visitantes um tour completo por uma agência bancária de forma interativa, permitindo que os usuários simulassem diferentes operações de uma agência convencional em um ambiente virtual.

Para além da praticidade da vivência, a solução carrega ainda um grande potencial de inclusão ao oferecer, por exemplo, a pessoas com mobilidade reduzida a oportunidade de vivenciar uma experiência corriqueira e sem as limitações que uma agência física muitas vezes pode impor.

O setor financeiro, inclusive, figura entre os mais receptivos à inovação e adoção de novas tecnologias, e o metaverso pode ser visto como uma opção promissora para permitir uma maior inclusão de usuários e funcionários.

Mas, como todo cenário de oportunidades, o avanço do metaverso também traz desafios, como os relacionados à segurança cibernética e proteção de dados, que no setor financeiro tornam-se ainda mais indispensáveis.

Dentre outros cuidados, é imprescindível garantir a coleta do consentimento do cliente para operações, como reconhecimento facial, em conformidade com as exigências da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).

As empresas que decidirem ingressar no metaverso devem investir em soluções robustas e completas, que tenham protocolos de segurança já implementados e passíveis de novas implementações sempre que necessário.

A jornada do consumidor, cada dia mais consciente e exigente, também deve primar pela personalização, mesmo que de forma totalmente virtual. Afinal, uma jornada customizada e bem-sucedida pode representar a diferença entre conquistar o cliente ou perdê-lo para a concorrência.

Por isso, é preciso investir em uma solução que, além de ter a capacidade de desenvolver toda a plataforma do zero, possa integrar o histórico e perfil já existente do cliente, levando em conta suas preferências, demandas e particularidades.

A redução dos custos dos dispositivos necessários para acessar o metaverso indica que essa tecnologia tem o potencial de se tornar uma realidade cada dia mais tangível para as pessoas e para o mercado nos próximos anos.

Em razão disso, os bancos e instituições financeiras que optarem por não explorar as oportunidades neste mundo imersivo, inclusivo e em rápido crescimento, certamente, correm o risco de ficar para trás.

Miguel Garcia, country manager da Softtek Brasil.

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