O aquecimento do mercado da prestação de serviço de TI estimou a Cast, empresa que nasceu em Brasília em 1990, a abrir uma filial em São Paulo em meados do ano passado e a investir cerca de R$ 3 milhões em 2006, para abrir uma fábrica de software.
O local será uma cidade do interior paulista, que está sendo avaliada pela diretoria da empresa, que no passado faturou cerca de R$ 50 milhões em sete áreas de atuação e conta com 780 funcionários.
?Iremos investir ainda mais um RS$ 1 milhão em desenvolvimento de novos produtos e pretendemos crescer 50% nesse ano.?, explica André Assumpção, diretor comercial da Cast.
Do total de receitas do ano passado, pouco menos de 50% foram originados por serviços de outsourcing; 10% em projetos de BI-Business Intelligence; 15% em serviço de gerenciamento de infra-estrutura; 15% em gestão de documentos e conteúdos; 10% em serviços de conversão de legado; 5% em consultoria e 1 % em segurança da informação.
Hoje a Cast conta com duas fábricas de software envolvendo 100 funcionários cada. Em São Paulo a empresa pretende contatar entre 150 e 200 profissionais, com o objetivo de chegar ao final do ano com 300. ?A infra-estrutura desse centro estará preparada para absorver até 500 pessoas?, complementa.
Além de suas fábricas de software, que devem atingir o CMM nível 3 no em julho desse ano, a empresa investe em um programa interno chamado Penso – Programa de Engenharia de Software, um framework com metodologia própria para treinamento de pessoal.
Devido à concorrência pela mão de obra especializada em Brasília, e pelo aquecimento do mercado de prestação de serviço, a empresa desenvolve a maioria de seus profissionais internamente.
?Em tecnologia Rational, da IBM, podemos ser considerados como empresa que detém maior expertise e profissionais certificados no Brasil.
Estamos também treinando um grande número de especialistas em Java para atender as necessidades de migração de plataformas e construção de portais?, explica Assumpção..
Para atender a demanda de serviços de outsourcing e prazos apertados de muitos projetos, ela faz uso de outras seis fábricas de software de empresas parcerias, espalhadas por outros estados, como Rio Grande de Sul, Pernambuco, Minas e São Paulo.
Diferentes mercados
Outro segmento que a empresa aposta é no gerenciamento de conteúdo e documento, atendido pelo produto On Base, da norte-americana Hyland, representado pela Cast, que detém cerca de 20% de suas vendas no país.
A solução conquistou a fábrica sueca de caminhões Scania, primeiro cliente da filial de São Paulo, que está implantando um projeto de GED e gerenciamento de conteúdo.
Ela também conquistou o Banco Europeu. ?Dentro de nossa estratégia, pretendemos dar prioridade aos segmentos financeiros, telecomunicações e utilities?, diz o diretor.
Ela acredita também na expansão do mercado de business intelligence, que rendeu R$ 4 milhões em receitas para a empresa no ano passado.
A conversão de plataforma e de gerenciamento de infra-estrutura também rende bom resultados para a empresa, como o projeto de migração do Adabas/Natural do mainframe do Banco Central para plataforma baixa em Java e DB2. ?Gerenciamos toda a infra-estrutura do Banco Central?, explica Assumpção.
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Pessoal
Para atender as necessidades de mão-de-obra em Brasília, a Cast tem um programa de treinamento próprio, que lhe garante um turn over de pessoal de apenas 1,5%. Conta também com um programa de capacitação profissional que só no passado treinou mais de 100 profissionais em tecnologia Java.
?Apoiamos várias iniciativas sociais, como o programa primeiro emprego e damos oportunidades para os funcionários desenvolvem uma carreira na empresa. Hoje 47% de nosso pessoal têm nível universitário?, finaliza Fernanda Quintanilha Leite Pinheiro, assessora de Marketing e Ações Sociais da empresa.